Contrato envolve 250 mil motores para os modelos Jetta, Golf e Golf Variant.
Por George Guimaraes
Embora a grita pela falta de competitividade internacional dos produtos brasileiros seja recorrente, volta e meia a indústria brasileira anuncia alguma importante investida no mercado externo. Se as exportações de veículos crescem timidamente e estão bem longe de seus melhores tempos, os negócios com partes e componentes têm encontrado terreno mais fértil.
O braço brasileiro da Volkswagen acaba de dar mostra de que, com bom planejamento e ajustes de custos, consegue suprir parte das deficiências costumeiramente apontadas com empecilhos para as exportações. Sua fábrica de motores de São Carlos (SP) foi uma das unidades produtivas do grupo mundial escolhida para exportar o motor 1.4l TSI para o México. Lá, na cidade de Puebla, ele será montado nos modelos Jetta, Golf e Golf Variant.
É negócio e tanto: a previsão da empresa é embarcar cerca de 250 mil motores até 2020. O primeiro lote seguirá já no segundo semestre deste ano.
David Powels, presidente e CEO da Volkswagen do Brasil e América do Sul, afirma que somente esse contrato exigirá investimento de R$ 50 milhões em São Carlos, valor adicional ao plano de R$ 460 milhões anunciado em 2015, quando a unidade também acabara de ser eleita, dentre todas as operações da empresa no mundo, como base exportadora dos blocos de motores 1.0l da família EA211 para o Polo e up! europeus.
Dentre outras medidas, o novo aporte anunciado esta semana, assegura a montadora, contempla desenvolvimento tecnológico, montagem e testes de motores, certificação e homologação do produto e adapta de linhas de usinagem da fábrica paulista, inaugurada em 1996 e que já produziu mais de 10 milhões de motores para os mercados interno e externo.
Fotos: Divulgação/Volkswagen