Programa de recuperação de fornecedores e novas metas de eficiência energética devem sair do papel rapidamente
Por George Guimarães
Antonio Megale, presidente da Anfavea, revela que dentre as medidas que espera ver adotadas pelo Rota 2030, política industrial para o setor automotivo que substituirá o Inovar-Auto a partir do ano que vem, algumas podem ter impacto no curtíssimo prazo, quase imediato.
Sem detalhar todos os pontos que ainda estão em discussão com o governo federal e que devem estar definidos até o fim de agosto, Megale aponta ao menos quatro com maiores possibilidades de vigorarem já em 2018: um programa de recuperação da cadeia de fornecedores, novas metas de eficiência energética para os veículos, definição de cronograma de uma década para a adoção de dispositivos de segurança nos veículos nacionais e um programa de inspeção veicular.
O presidente da Anfavea afirma que a entidade sugeriu ao governo que os fornecedores possam contar com um plano de refinanciamento dos atuais débitos para que, então já com a certidão negativa nas mãos, obtenham novos empréstimos. Além disso, as próprias montadoras poderiam ajudar estabelecendo uma carteira de pedidos seguros de autopeças para os próximos anos.
O executivo confirmou ainda que o Rota 2030 pode, sim, adotar a eficiência energética dos motores como critério para a definição de IPI sobre veículos, que hoje leva em conta somente a capacidade cúbica dos motores e potência.
Foto: Divulgação/Anfavea