No acumulado dos primeiros cinco meses foram liberados R$ 36,9 bilhões, sendo R$ 33 bilhões para pessoas físicas e R$ 3,9 bilhões para as jurídicas

Por Redação

A demanda por crédito no mercado de veículos novos está em alta. Os bancos das montadoras e independentes liberaram R$ 36,9 bilhões no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, aumento de 20% na comparação com o mesmo período de 2016. Do total concedido até maio, R$ 33 bilhões foram para pessoas físicas e R$ 3,9 bilhões para as jurídicas.

De acordo com dados divulgados pela Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, na terça-feira, 11, só em maio foram liberados R$ 8,2 bilhões em financiamentos, o segundo melhor resultado do ano – só ficou abaixo de março, quando foram liberados R$ 8,3 bilhões.

Gilson Carvalho

O montante representou crescimento de 23% sobre o mês anterior e de 31,3% em relação a maio de 2016. Do total concedido em maio, R$ 7,2 bilhões foram destinados às pessoas físicas e R$ 963 milhões para as pessoas jurídicas.

Apesar do desempenho positivo, o presidente da Anef, Gilson Carvalho, ainda define a recuperação como tímida, esperando uma aceleração maior dos números para o final do ano:

“As sucessivas quedas na taxa de juros deixam o consumidor um pouco mais confiante na hora de fechar a compra de um bem de maior valor agregado. Mas, por outro lado, a taxa de desemprego continua alta, o que ainda gera uma posição de cautela do consumidor. O mesmo acontece com os bancos, que continuam rigorosos na avaliação do perfil do comprador do veículo antes de conceder um empréstimo”.

Atrasos – A taxa de inadimplência para as pessoas físicas, considerando atrasos no pagamento de mais de 90 dias, mantém-se estável desde março, na faixa de 4,5% – em doze meses, a queda é de 0,2 ponto porcentual. Já para as pessoas jurídicas, o índice foi de 4,2%, queda de 0,1 ponto porcentual na comparação com abril, e de 1,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2016.

Segundo a Anef, as taxas praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais atraentes na comparação com as adotadas pelas instituições independentes. Em maio, as associadas da entidade cobraram juros de 20,98% ao ano e 1,6% ao mês, enquanto os independentes trabalharam com índices de 24,3% e 1,83%, respectivamente.

O prazo médio das concessões é de 42 meses e o máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses. O saldo das carteiras se manteve estável, atingindo os R$ 161,3 bilhões, mesmo volume registrado em abril, mas 5,9% inferior a maio de 2016. Os financiamentos corresponderam a R$ 157,3 bilhões e o leasing pelos R$ 4 bilhões restantes.


Foto: Divulgação/Anef

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