Mercado

Pesados movimentam reposição de autopeças

Vendas no segmento cresceram 11,4% no ano, enquanto as destinadas aos veículos leves caíram 3,6%

Vendas no segmento cresceram 11,4% no ano, enquanto as destinadas aos veículos leves caíram 3,6%

Por Alzira Rodrigues

A receita das autopeças com o mercado de reposição está se mantendo praticamente estável este ano graças aos bons números obtidos na venda de peças para veículos pesados. No cômputo geral do aftermarket o faturamento nominal do setor teve alta de 0,71% no acumulado dos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo período de 2016.

Esse desempenho reflete a alta de 11,4% nos negócios efetuados na área de caminhões e ônibus, visto que as vendas de peças para veículos leves caíram 3,6% no mesmo comparativo. Os dados foram divulgados na terça-feira, 18, pelo Sindipeças e levam em conta as informações fornecidas pelos associados que atuam no aftermarket.

No comparativo de maio sobre abril houve alta geral do mercado de reposição de 3,9%. As vendas de peças para a linha de pesados cresceram 5% nesse comparativo mensal, enquanto as destinadas a carros e comerciais leves expandiram-se em 3,5%.

De acordo com a Assessoria de Economia do Sindipeças, parte do aumento verificado em maio pode ser atribuída ao menor número de dias úteis em abril, pois não se aplica método de dessazonalização na apuração dos números. De outro lado, no entanto, a entidade avalia que os avanços observados também refletem o maior espaço no orçamento familiar em virtude da queda da taxa básica de juros, que facilita o aumento das operações de crédito e a renegociação de dívidas antigas. Também são fatores positivos a estabilidade na inadimplência dos consumidores e o aumento do rendimento real fruto da desaceleração da inflação no período.

Segundo o Sindipeças, a recuperação em maio não foi suficiente para reverter o quadro negativo do ano no segmento de automóveis e comerciais leves. Já o desempenho positivo na área de caminhões e ônibus deve-se, na avaliação da entidade, aos baixos número registrados pelo segmento nos primeiros cinco meses de 2016.


Foto: Freepik

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