As vendas de veículos este mês devem superar julho de 2016 e já há apostas de alta de pelo menos 6% no segmento de automóveis e comerciais leves
Por Alzira Rodrigues
Se for alcançado tal patamar, ele será um pouco inferior ao de junho (quase 195 mil unidades), mas maior do que o do mesmo mês do ano passado, quando foram emplacados 181,4 mil veículos. O comparativo anual positivo por três meses seguidos tem levado executivos do setor a prever crescimento no segmento de automóveis e comerciais leves acima dos 4% projetados pela Anfavea.
É o caso do vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen, Gustavo Schmidt, que na apresentação da linha Pepper este mês falou em alta de pelo menos 6%. E reforçou: “Pode ser até um pouco mais”.
Também o presidente da Abrahy, Associação Brasileira das Concessionárias Hyundai, Daniel Kelemen, estima crescimento maior, na faixa de 5% a 8%. A Anfavea não descartou rever sua projeção para o mercado interno – assim como fez com exportações e produção –, o que pode até acontecer no próximo dia 6 quando a entidade divulgará balanço dos primeiros sete meses do ano.
A Fenabrave já reviu sua meta de 3,1% para 4,3%. O presidente da entidade, Alarico Assumpção Jr, reconhece que a situação hoje é melhor do que a de um ano atrás e até admite que esse índice possa ser superado. Mas como ainda há indefinições na área política prefere aguardar os próximos meses. O mês de julho, segundo a Fenabrave, tem números similares ao de junho, com o dado positivo de indicar crescimento em relação ao ano passado.
Segundo fontes do mercado, no último dia 26 foram emplacados quase 12 mil veículos, média que deve ser mantida até o dia 31, o que sinaliza a projeção de 189 mil a 190 mil unidades – em junho foram comercializados quase 195 mil veículos. Tem sido recorrente a média subir para faixa acima de 10 mil nos últimos dias de cada mês. Já teve caso de chegar a 14 mil.
Ao comentar que o crescimento no ano deve ser de pelo menos 6% – com total de 2,1 milhões de automóveis e comerciais leves -, Gustavo Schmidt, da Volkswagen, apontou 2017 como o ano da recuperação. “As taxas de juro em queda, a desaceleração da inflação, a safra recorde e o crescimento das exportações indicam claramente um ano melhor”, comentou o executivo.
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