Por Alzira Rodrigues
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse na segunda-feira, 14, que a divulgação do Rota 2030, prevista inicialmente para 30 de agosto, só ocorrerá daqui dois ou três meses. Ele participou da solenidade promovida pela manhã na fábrica da Volkswagen na via Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, quando a empresa anunciou investimento no local de R$ 2,6 bilhões.
O AutoIndústria, em sua edição inaugural dia 10 de julho, antecipou o risco de a data inicial de divulgação da nova política setorial automotiva não ser cumprida – https://www.autoindustria.com.br/wp-admin/post.php?post=1629&action=edit –, por causa de indefinições existentes na época com relação a vários pontos. E esse quadro não se alterou muito.
O ministro Marcos Pereira falou do Rota 2030 em seu discurso na cerimônia de divulgação de investimento da Volkswagen, prevendo num primeiro momento o prazo de dois meses para sua divulgação. Na sequência admitiu que seria de dois a três. O presidente da Anfavea, Antonio Megale, também presente no evento da Volkswagen, confirmou ser impossível ter todas as definições até o dia 30 de setembro, que seria o prazo máximo para divulgar o Inovar-Auto em tempo hábil de algumas de suas medidas vigorarem a partir de primeiro de janeiro.
“Acredito que vai sair um ‘guarda-chuva’ até o fim do próximo mês e depois o detalhamento do programa”, comentou Megale após o término da cerimônia. Sem especificar as medidas, ele reconheceu que algumas das que estão em estudo precisam cumprir noventena antes de entrar em vigor, razão da necessidade de serem divulgadas até 30 de setembro.
Não pairam dúvidas, portanto, quanto as pendências ainda existentes com relação à nova política setorial automotiva. O presidente da Volkswagen do Brasil e da América do Sul, David Powels, acha difícil até que o Inovar-Auto saia dentro de dois a três meses. “A discussão ainda tem muitos pontos em aberto”.
Na prática, portanto, o que está faltando é consenso com relação a vários itens. Entre outras medidas o programa definirá novas metas de eficiência energética, programas de apoio à base fornecedora e a sistemática de recolhimento de impostos no setor, se baseada na cilindragem, como é hoje, ou no consumo de combustível dos veículos.
Foto: Divulgação/MDIC
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