Por Joel Leite
Na hora de comprar um carro você faz o cálculo de quanto pode dispor por mês e calcula o valor da prestação do financiamento, certo? Mas o gasto com o carro vai muito além do valor da prestação. Se você não levar em conta as demais despesas, pode ter um problema sério lá na frente.
Claro que o gasto dependerá do uso que você fizer do carro: se rodar muito e em situações adversas, terá uma despesa maior, porque as peças vão gastar mais rapidamente e o veículo estará mais exposto a acidentes. Mas mesmo se você deixar o carro na garagem ele terá despesas básicas, como o IPVA, que tem um valor de 4% do valor do carro por ano: parado ou andando você terá que pagar o imposto, que é de Propriedade do Veículo.
Conforme dados da Inflação do Carro da Agência Autoinforme, o gasto com um carro é de cerca de R$ 1,2 mil por mês. Achou muito? Então some as cinco cestas de produtos do motorista e faça as contas: combustíveis, peças de reposição, mão de obra de oficina, seguro, impostos de circulação (IPVA, seguro obrigatório, licenciamento). Só de combustível o gasto é de quase R$ 400,00 por mês. E o seguro, na média, é quase R$ 500,00 mensais.
Levantamento feito pela corretora Bidu com os dez carros mais vendidos em julho, mostra que as variações de preços são enormes dependendo do modelo, da cidade onde se roda e, claro, do perfil do motorista. O preço do seguro de um Toyota Corolla é R$ 8 mil em São Paulo e a picape Strada paga R$ 9,4 mil (é o carro mais caro para segurar na capital paulista). Já um Onix (R$ 3,5 mil e um Ka (R$ 3,9 mil) têm um valor bem menor. O seguro do mesmo Corolla no Rio de Janeiro é R$ 4,2 mil e em Porto Alegre, R$ 6,3 mil.
Na cesta de serviços da Inflação do Carro estão incluídos itens como estacionamento, lavagem semanal, troca de óleo, filtros, alinhamento, enfim, tudo que é preciso para manter o veículo em boas condições de uso.
O cálculo é feito para quem roda em torno de 15 mil km por ano, o que é considerado média para quem usa o carro no dia a dia e faz uma ou duas viagens por mês não muito longas. E para quem faz todas as revisões na hora certa e a manutenção preventiva. Se você usa pouco o carro, terá uma despesa menor.
Para efeito de cálculo, considere o gasto em torno de R$ 1,00 por quilômetro rodado. É importante o consumidor considerar o chamado Custo Total de Propriedade do Veículo, que já é hábito na Europa e que cada vez mais o consumidor está levando em conta também no Brasil na hora de comprar um carro.
• Mato Grosso produz etanol de milho
AFS Bioenergia iniciou a produção de etanol na cidade de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, de onde sairão 210 milhões de litros do combustível por ano. Mas não se trata de etanol de cana e sim de milho, a primeira produção de combustível com milho no Brasil. Apenas 30% da frota brasileira de veículos utiliza álcool combustível, a melhor opção para reduzir as emissões de gases efeito estufa, de forma que existe um grande mercado ainda a ser explorado.
• Quinzena revela mercado estável
Com 8.197 carros vendidos por dia, a primeira quinzena de agosto teve um movimento abaixo das vendas diárias de julho (8.516), mas como agosto tem 23 dias úteis, é provável que no fechamento do mês seja registrado novo recorde para 2017. A GM tem 19,3% de participação, enquanto Fiat (14,1%) e Volkswagen (13,2%) brigam pela segunda posição.
• Prisma é o terceiro
Além de ter o Onix na liderança de vendas, a GM colocou na primeira quinzena de agosto mais um carro entre os três mais vendidos: o sedã Prisma vendeu 3.562 unidades, ficando a menos de 1 mil unidades do segundo colocado, o Hyundai HB20, tradicional vice-líder, mas que desta vez ficou com apenas metade (4.228) do volume de vendas do Onix (8.201).
• Revelação do Virtus é traição
O Virtus, versão sedã do Polo novo, já não é mais segredo pra ninguém. Mas a revelação foi fruto de uma traição de um funcionário da montadora, que foi demitido por justa causa.
Joel Leite é jornalista, palestrante e criador da Agência AutoInforme, agência especializada no setor automotivo. (e-mail joelleite@autoinforme.com)
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