Uma das ideias é criar o supercrédito para esses modelos
Por Alzira Rodrigues
O tema deveria ser debatido dentro do grupo de eficiência energética, que trata das metas de economia de combustível para os próximos anos, mas não estava merecendo a devida atenção que elétricos e híbridos merecem em um plano de longo prazo como é o caso do Rota 2030.
“O debate em torno da eficiência energética, bastante complexo, vinha se concentrando principalmente nos veículos flex e a gasolina”, explica o presidente da AEA, Associação da Engenharia Automotiva, Edson Orikassa. “E como estamos definindo metas até 2030, é fundamental considerar os elétricos e híbridos no contexto do novo programa automotivo.”
Agora são, ao todo, sete grupos de estudo. Os seis já existentes são cadeia produtiva/fornecedores, P&D e engenharia, eficiência energética, segurança veicular, indústria de baixo volume (carros premium) e fiscal/impostos.
De acordo com Orikassa, o debate em torno da eficiência energética tem sido bastante “acalorado”, o que acabou protelando a discussão sobre os elétricos e híbridos. Como o Rota 2030 tem de ser definido ainda este ano, a saída foi criar grupo próprio para esses veículos.
Supercrédito – Uma das ideias em relação aos elétricos e híbridos, segundo Orikassa, é a criação do chamado supercrédito, já existente em outros mercados. “É um fator multiplicativo. Na Europa, por exemplo, se a montadora vender um elétrico ou um híbrido ela conta como 3,5 veículos comercializados no cálculo da média de eficiência energética.”
Além da criação do grupo de elétricos e híbridos, os representantes da indústria e do governo que discutem o Rota 2030 também decidiram inserir o debate sobre Indústria 4.0 no grupo de P&D e engenharia. O governo, segundo o presidente da AEA, já discutia esse tema internamente: “Agora ele passa a fazer parte dos debates com os representantes da indústria automotiva. A manufatura 4.0 é ponto essencial nos investimentos que o setor fará no País e não podia ficar fora das nossas discussões”.
Foto: Divulgação/Nissan
Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…
100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…
Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…
Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…
Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.