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Reposição: pesados em alta e leves em baixa.

Expansão de 10,5% nas vendas de peças para caminhões e ônibus no semestre garante estabilidade nos negócios com o aftermarket

Por Alzira Rodrigues

Com pequena queda de 0,42% no semestre, a receita do setor de autopeças com o mercado de reposição praticamente manteve-se estável em relação ao mesmo período do ano passado graças ao bom desempenho na área de veículos pesados. Enquanto as vendas de peças para caminhões e ônibus cresceram 10,54% no período, as destinadas ao segmento de automóveis e comerciais leves tiveram queda de 4,67%.

Os dados dos primeiros seis meses do ano foram divulgados pelo Sindipeças na segunda-feira, 28, e têm por base um conjunto de quase 40 empresas que fornecem dados separados para leves e pesados. O desempenho semestral, considerando leves e pesados, registra pequeno decréscimo por causa principalmente da queda nas vendas em junho sobre maio. Até o quinto mês do ano, a receita nominal com reposição era positiva em 0,71%.

Em junho, especificamente, houve queda na faixa de 2,4% no comparativo com maio tanto para a linha leve como para a pesada. O recuo ocorreu após três meses consecutivos de alta, que foi de 3,9% em maio, 0,7% em abril e de 7% em março considerando a média dos dois segmentos.

Nesse período de março a maio, o faturamento do mercado de reposição apresentou crescimento médio de 4%, “acompanhando os bons números do mercado automotivo brasileiro”, de acordo com relatório do Sindipeças. E no comparativo do segundo trimestre de 2017 com o primeiro do ano, verifica-se expansão de 6,3%.

Na avaliação da entidade, o desempenho mais fraco em junho pode ser atribuído às incertezas geradas pelo agravamento da crise política naquele mês, com a delação premiada de executivos da JBS e o julgamento no âmbito do TSE da chapa Dilma-Temer.  Na comparação interanual – junho deste ano com o mesmo mês de 2016 –, registrou-se queda de 5,5% no faturamento nominal do setor com o mercado de reposição, sendo que as vendas de peças para automóveis e comerciais leves caíram 9,6%, enquanto as destinadas ao segmento de pesados cresceram 6,7%.


 

 

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Alzira Rodrigues

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