No total, foram liberados R$ 53,1 bilhões para a compra de veículos até julho, alta de 20,1%. Taxa de devedores baixa para 4,2%.
Por Redação
A Anef considera que os números ainda são tímidos, mas sinalizam que o consumidor brasileiro parece estar mais confiante. “Os indicadores econômicos estão mais estáveis, o que gera maior previsibilidade e confiança nos consumidores”, avalia Luiz Montenegro, presidente da Anef.
Por isso, na sua opinião, as pessoas pouco a pouco estão retornando à rede de concessionários, realizando a compra de veículos por meio de financiamentos: “Hoje, os consumidores estão mais conscientes e tendem a contrair dívidas somente com razoável segurança de que conseguirão honrá-las”.
Em julho foram liberados R$ 8 bilhões, o terceiro melhor resultado de 2017 – abaixo apenas de março e maio, quando foram concedidos empréstimos de, respectivamente, R$ 8,3 bilhões e R$ 8,2 bilhões. Computando-se o balanço dos últimos doze meses até julho contra os doze meses anteriores a alta é de 19% – R$ 54,1 bilhões contra R$ 45,4 bilhões.
Com relação à taxa de inadimplência, o índice baixou 1,2 ponto em doze meses no caso das pessoas físicas – de 5,4% para 4,2%. Para as pessoas jurídicas, a taxa está em 3,7%, com queda de 1,5 ponto porcentual em doze meses.
Enquanto o crédito para o CDC cresce, o destinado ao leasing cai. Nos sete primeiros meses do ano foram liberados R$ 1 bilhão para essa modalidade de compra, recuo de 17% em doze meses. O curioso é que no caso das pessoas jurídicas a procura por leasing até aumentou – alta de 6,4%. Mas as pessoas físicas estão dando preferência ao CDC, tanto é que para esse segmento de consumidores houve queda de 59,1%.
De acordo com a Anef, as taxas de juros praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais atraentes na comparação com as adotadas pelas instituições independentes. Em julho, as associadas da entidade cobraram juros de 20,98% ao ano e 1,6% ao mês, enquanto os independentes trabalharam com índices de 24% e 1,81%, respectivamente. O prazo médio das concessões é de 42 meses. Já o prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses.
O saldo das carteiras em julho atingiu R$ 161,9 bilhões, volume 0,2% superior ao registrado em junho, mas 3,5% inferior ao do mesmo período de 2016. Desse total, o CDC respondeu por R$ 158 bilhões – volume 0,2% superior a junho e 3% inferior ao de julho de 2016 – e o leasing pelos R$ 3,9 bilhões restantes – mesmo valor do mês anterior mas recuo de 20,4% em doze meses.
Foto: Divulgação/AutoIndústria/Anef
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