Por Redação
Por RedaçãoApesar do resultado do ano ainda ser negativo em 23,1%, com a venda de 24,5 mil unidades, o desempenho do mercado de veículos importados foi positivo em agosto com relação a julho. As dezessete marcas filiadas à Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, emplacaram total de 2.821 unidades, com pequena alta de 4% sobre as 2.712 licenciadas em julho. Em relação ao mesmo mês de 2016, no entanto, houve queda de 3,9%.
“Não estamos comemorando, mas o fim do Inovar-Auto é um alento para o setor de veículos importados, que poderá vislumbrar a possibilidade de retomar suas vendas”, disse na segunda-feira, 4, o presidente da Abeifa, José Luiz Gandini. “Chegamos ao auge de 199 mil veículos licenciados em 2011, caímos para 35 mil no ano passado e nossa previsão é fechar o ano com 27 mil unidades. Com o fim dos 30 pontos porcentuais do IPI, o setor projeta recuperação. Podemos chegar a 40 mil unidades em 2018”.
Gandini garante que as empresas importadoras de veículos automotores sem fábrica no País desde o início apoiaram o programa Inovar-Auto, “que trouxe avanços significativos ao setor”. Ao mesmo tempo, porém, também se posicionaram contra a barreira tarifária de 30 pontos porcentuais no IPI e a limitação por cota de 4.800 unidades/ano. “Com o Rota 2030, programa que envolve amplo debate com a participação assídua de mais de 60 representantes da cadeia automotiva, o polo produtivo brasileiro terá plenas chances de conquistar maior competitividade internacional, sem aniquilar a atividade de importação”.
Segundo Gandini, os importadores acabaram se limitando as cotas nos últimos três anos, por terem considerado inviável a venda de veículos com os 30 pontos adicionais de IPI. A medida, assim, acabou funcionando apenas como uma trava nos volumes dos importadores: “De outro lado, diante das prováveis exigências do governo por meio do programa Rota 2030 de investimentos em P&D e em engenharia ou em fundos destinados a essa finalidade, os preços de veículos importados tendem a subir a partir de 1º de janeiro de 2018”, antecipa Gandini.
Associadas – Com 4.774 unidades licenciadas em agosto, incluindo veículo importados e a produção nacional, a participação das associadas da Abeifa foi de apenas 2,27% do mercado total de autos e comerciais leves (209.871). No acumulado, o market share foi de 2,19% – 30.211 unidades, do total de 1.380.298 unidades.
Se for considerado o total de veículos importados, ou seja aqueles trazidos também pelas montadoras, as afiliadas da entidade responderam, em agosto, por 12,24% e no acumulado por 12,35%. Entre as associadas da Abeifa que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de agosto com 1.953 unidades emplacadas, total que representou alta de 6,8% em relação ao mês anterior. Comparado a agosto de 2016, o aumento é de 55,4%, quando foram emplacadas 1.257. No acumulado do ano, as cinco associadas da Abeifa emplacaram 11.389 veículos, alta de 50,2% ante as 7.585 unidades do mesmo período do ano passado, agora já com a produção da Jaguar Land Rover.
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