Ao Volante

Fiat Toro: o outro nome da versatilidade.

Modelo entrega conforto e capacidades para enfrentar o trânsito e os caminhos longe da estrada

Vai muito bem na cidade e não reclama quando tem de enfrentar caminhos longe do asfalto. Proporciona conforto e segurança em ambos os ambientes, como também se revela eficiente prestadora de serviços na hora de carregar toda (ou quase toda) aquela bagagem familiar sem exigir logística de organização demais. Talvez as boas doses de versatilidade e praticidade propostas pela Fiat Toro justifiquem a razão de ser uma das picapes preferidas do mercado.

Lançada em fevereiro do ano passado, o modelo já se encontra na liderança da categoria, seja dentre as picapes em geral como no amplo universo de comerciais leves. O veículo não é um carro barato, parte de R$ 132.000 e pode ultrapassar os R$ 140.000. Ainda assim, neste primeiro ano cheio de vendas, no acumulado até agosto, foram emplacadas 34.507 unidades, 31,5% de participação no segmento definido pela Fenabrave de Picapes Grandes. No período, o volume de vendas ultrapassou o da Strada (32.656), por anos consecutivos a líder disparada desta agremiação.

A seara de picapes, aliás, se apresenta hoje como uma das meninas dos olhos da indústria. Mudou de cara, proposta e oferta nos últimos anos e promete ainda mais daqui para frente. Os modelos preservam o denominador comum caçamba, mas se descolaram da imagem simplista a eles reservada no passado de veículo de trabalho. No caso da Toro, nem cabe muito a ideia, embora não seja falta de capacidade para o serviço. Desde a versão de entrada o veículo entrega um certo luxo e é oferecido somente com cabine dupla, reduzindo o espaço para carga.

O AutoIndústria experimentou a topo de linha da família, a versão Volcano, construída com motor 2.0 a diesel e transmissão automática de 9 marchas, em percurso misto tanto no asfalto da cidade quanto nos caminhos de chão do fora de estrada. No comando do veículo certamente poucas serão as circunstâncias nas quais o motorista comum torcerá o nariz.

O reduzido número de compartimento para miudezas no interior (cabe lembrar de uma solução legal, como o espaço existente sob o assento do banco passageiro, mas pouco prático quando alguém estiver sentado), talvez em algum momento aborreça, e a limitada capacidade para esterçar poderá irritar nas inevitáveis manobras em locais apertados, tipo garagens de condomínios.

 

Versátil e confortável
Recursos de fácil acesso
Caçamba para 1 tonelada

 

No quadro geral, porém, a picape da Fiat reúne bem mais atributos para agradar e está longe de decepcionar. No congestionado trânsito das grandes cidades, os generosos espelhos se mostram auxiliares competentes para quem está na direção. O motorista tem tudo à mão, no próprio volante controla a central multimídia e conveniências como limitador de velocidade. Também ali se encontram as aletas para trocas de marchas manuais, ao gosto do freguês se preferir dar mais personalidade à condução.

A transmissão automática funciona sem trancos acentuados e, na hora da necessidade, basta pisar no acelerador com mais vontade para o câmbio se mostrar ágil e eficiente nas arrancadas e retomadas de velocidade. Aqui, ponto para o motor turbodiesel de 170 cv e torque de 35,7 kgfm a 1.750 rpm. E esqueça a velha ideia do motor a diesel barulhento e fumancento, o MultiJet II produzido pela FPT opera suave e, dentro do veículo, quase não se ouve seu ronco.

Nos circuitos sem pavimentos a Toro também não deixa de entregar o mesmo conforto oferecido no trânsito, além de não perder capacidade. O sistema de suspensão independente nas quatros rodas absorver com competência os desníveis, adaptando o veículo ao terreno. Soma-se ao arranjo de molas e amortecedores, o sistema de tração 4×4 automático capaz de interferir no torque das rodas de acordo com a necessidade sem intervenção do motorista, embora ele também possa selecionar a tração integral ou a reduzida a qualquer momento por um seletor no console.

Sem dúvida, a versatilidade da Toro Volcano 4×4 é uma das principais características a se levar em conta. Mas também na conta se deve acrescentar a frequência de visitas ao posto de combustível. Na experiência com a picape, o percurso somou pouco mais de 700 km e, entre estrada, cidade e terra fez média de 11,2 km/l. Não é uma marca surpreendente e também não dá para esquecer que se trata de carro de 1.871 kg.


Fotos: Fiat/Divulgação

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Publicado por
Décio Costa

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