Por Redação
Após cinco anos seguidos de queda, as vendas de motocicletas no varejo começam a indicar sinais de estancamento da curva descendente no setor. Os emplacamentos de veículos do segmento chegaram a 76,3 mil unidades em agosto, alta de 8,6% sobre as 70,3 mil licenciadas em julho, com média de venda diária praticamente estável nos dois meses, na faixa de 3,3 motos.
Os dados foram divulgados pelo presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, que acredita em dias melhores a partir de agora: “Os resultados de produção e de vendas de agosto são animadores, pois representam sinais concretos de estabilidade dos negócios no mercado nacional de motocicletas. Com base nesses indicadores, a indústria de duas rodas já considera a perspectiva do retorno de resultados mais animadores até o final do ano”.
Em agosto houve cresciamento tanto da produção como das vendas no atacado, aquelas feitas pelas montadoras para os concessionários. Foram produzidas 80,2 mil motocicletas no mês passado, 12% a mais do que em julho (71,6 mil). As vendas no atacado ampliaram-se em 12,3%, passando de 64,8 mil para 72,8 mil no mesmo comparativo.
No acumulado do ano, porém, o setor ainda indica números negativos. A produção registra queda de 9%, com 575,5 mil motos fabricadas este ano, ante as 632,5 mil dos primeiros oito meses do ano passado. As vendas no atacado caíram 11,1%, com respectivamente 539,9 mil e 607,2 mil unidades. No varejo a redução é um pouco menor, na faixa de 7,5%: 573.854 licenciamentos em 2017 e 620.458 no período de janeiro a agosto do ano passado.
Já as exportações estão em alta. No acumulado do ano, foram exportadas 48 mil motos, desempenho 21,8% superior ao do mesmo período de 2016, quando os embarques totalizaram 39,5 mil unidades. O principal destino das motocicletas exportadas é a Argentina.
Foto: Divulgação/BMW
- 2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil” - 19 de dezembro de 2024
- 2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro - 19 de dezembro de 2024
- Importações de autopeças avançam 11%, exportações recuam 14% - 18 de dezembro de 2024