Mercado

China supera EUA em venda de peças para o Brasil

No acumulado até agosto foram importados US$ 997 milhões do país asiático e US$ 994 milhões dos Estados Unidos

Por Alzira Rodrigues

Os Estados Unidos, tradicionalmente o maior vendedor de autopeças para o Brasil, perdeu espaço para a China, que passou a ser este ano o principal país de origem das importações do setor. No acumulado de janeiro a agosto a China mandou para cá total de US$ 997,7 milhões em autopeças, enquanto os Estados Unidos enviaram US$ 994 milhões.

As vendas de autopeças da China para o Brasil cresceram 28,3% no período, enquanto as realizadas pelos Estados Unidos caíram 3,3%. No ranking dos países que mais mandam peças para a indústria automotiva brasileira e o mercado de reposição local encontram-se ainda Alemanha, Coreia do Sul e México.

De acordo com balanço do Sindipeças, as importações, vindas de 146 locais, subiram 9,7% no acumulado de janeiro a agosto deste ano sobre o mesmo de 2016, alcançando US$ 8,41 bilhões. As exportações, destinadas a 179 mercados, totalizaram US$ 4,75 bilhões, com aumento de 9% sobre o registrado em igual período de 2016.

Com esses resultados, o déficit do País em autopeças aumentou 10,6% no período e chegou a US$ 3,67 bilhões, segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços consolidadas pelo Sindipeças. A Argentina segue ocupando o primeiro lugar na lista de destinos das exportações de peças brasileiras, seguida dos Estados Unidos, México e Alemanha.

Em agosto, as exportações do setor apresentaram resultado recorde no ano, com total de US$ 698,6 milhões, alta de 9,4% frente ao último mês de julho. Em comparação com agosto de 2016 houve incremento de 18,7%, período em que as exportações de autopeças atingiram US$ 588,5 milhões.

O crescimento das exportações, segundo o Sindipeças, foi influenciado “pelos bons ventos em países com os quais o setor automotivo brasileiro mantém relações comerciais e por um câmbio que, apesar de estar menos desvalorizado do que em 2016, ainda se mostra favorável para as transações externas”.

Dentre os países que registram melhorias em suas economias estão a Argentina, responsável por 30,% das compras de autopeças brasileiras, e o México. Assim como as exportações, também as importações somaram valor recorde em agosto, atingindo US$ 1,3 bilhão, com crescimento de 14,5% frente a julho e de 9% no confronto com agosto de 2016. Dessa forma, o saldo comercial no mês foi negativo em US$ 556,9 milhões, o que representou queda de 1,1% frente a agosto de 2016.


Ilustração/Sindipeças

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás