Mesmo sem ser a mais vendida, picape é referência no segmento
Por Rafael Pravadelli
Nos últimos cinco anos e sete meses, de 2012 a julho de 2017, independente do tipo de motorização, a Chevrolet S10 é a líder do segmento de picapes médias, com 229, 1 mil unidades comercializadas. A Toyota Hilux está em segundo lugar com 210,8 mil unidades vendidas, seguida pela Ford Ranger com 102,5 mil picapes. As demais concorrentes diretas, Mitsubishi L200, Volkswagen Amarok e Nissan Frontier estão abaixo das 100 mil unidades comercializadas.
Ao ouvir pessoas que trabalham com picapes, no entanto, por conta da força da motorização, durabilidade, custo-benefício e serviços de pós-vendas – por consequência de sua reputação, a Toyota Hilux, de longe, é a picape preferida, colocando-a no topo do ranking no mercado brasileiro.
“Aqui no Mato Grosso, não tem para ninguém… É Toyota, Toyota e depois Toyota”, afirma Paulo Marion, um dos proprietários do Pantanal Norte Hotel, que fica às margens da BR-364, em Cuiabá, umas das rodovias de maior concentração de veículos pesados, mas também de picapes. Segundo Marion, “no Mato Grosso, as distâncias são enormes e grande parte das estradas é de terra… Além do hotel, nós temos alguns negócios na área agrícola… Já experimentamos vários modelos de picapes… Mas a Hilux, ao menos aqui nesta região, é imbatível”.
Ao Volante avaliou para este impressões ao dirigir uma Toyota Hilux, versão SRX, topo de linha, 4×4, a diesel, de 2.8 litros, turbo, motor que gera 177 cavalos de potência a 3.400 rpm e torque de 45.9 kgf.m a 2.400 rpm, com transmissão automática de seis velocidades sequenciais e com suspensão na dianteira independente, braços duplos triangulares, molas helicoidais e barra estabilizadora e na traseira, eixo rígido, molas semielípticas de duplo estágio.
Mais uma vez, ao analisar uma picape – ou mesmo qualquer outro modelo de diferentes categorias de veículos -, é preciso ter ciência sobre a proposta do usuário. A Hilux tem vocação de uma picape de trabalho, embora tenha em seu interior todos os itens de conforto com acabamento impecável, ou seja, por ter suspensão traseira composta de eixo rígido e molas semielípticas de duplo estágio, na cidade os ocupantes sentem solavancos e, na estrada, em determinadas velocidades e nas curvas, a picape escorrega.
Mas a Toyota Hilux não nega fogo quando se trata de trabalho e de superar obstáculos, como na íngreme estrada de terra que liga o bairro de Lambari e dos Venâncios, no município mineiro de Gonçalves, onde – em determinado trecho, a recomendação devidamente sinalizada é de trafegar somente com veículos 4×4. No início do trecho mais íngreme dessa estrada, um morador da região avisa: “Carro não sobe, mas com esse aí você pode ir tranquilo”. De fato, foi tranquilo. A Hilux não pestaneja. Supera obstáculos até com facilidade.
Outros trechos, a partir de Gonçalves, como o de Luminosa, distrito que pertence ao município de Brazópolis, com cerca de 21 km de terrão, não assustam a Hilux. Em Luminosa, Ao Volante ouviu as opiniões do sr. Guido, proprietário da Cachaça Luminosa, e, no meio de caminho, o sr. Antonio, proprietário da fazenda e dos azeites extravirgens Oliq. Ambos lembram que a região montanhosa da Serra da Mantiqueira, além de aclives e declives acentuados, em períodos chuvosos as estradas tornam-se quase intransponíveis. “Para quem trabalha com carregamento de cana de açúcar em pequenas quantidades e garrafas de cachaça, uma picape é imprescindível.”
A Toyota disponibiliza a picape Hilux nas versões cabine simples e cabine chassi, com motor diesel de 2.8 litros, turbo, com 177 cv de potência a 3.400 rpm e torque de 42,8 kgf.m, respectivamente com preços finais ao consumidor de R$ 122.900 e R$ 118.950, as abines duplas a diesel, nas versões STD ( R$ 135.600), SR (R$ 155.400), SRV (R$ 170.400) e SRX (R$ 191.900), além da linha flexfuel versões SR 4×2 (R$ 114.420), SRV 4×2 (R$ 123.760) e SRV 4×4 (R$ 134.410), todas com motor de 2.7 litros, 16 válvulas, com 163 cv a 5.000 rpm (com etanol) e 159 cv a 5.000 rpm (gasolina) e torque de 25.0 kgf.m.
Fotos: Rafael Pravadelli
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