Modelo é vendido apenas em duas versões, ambas com motor flex e câmbio manual
Por Rafael Pravadelli
“Carro chinês, você ainda vai ter um”. A frase é jocosa no mercado brasileiro — e talvez no mundo — mais por conta de que nos anos 2000 algumas importadoras representaram mal, muito mal, as marcas chinesas de veículos automotores. Mas não se enganem. A força chinesa no setor virá com tudo. O cenário mundial de construtores de automóveis e comerciais leves está mudando muito célere porque a China é simplesmente a maior fabricante do setor desde 2008, quando fabricou 9,3 milhões de veículos e ultrapassou os Estados Unidos, que fabricara menos de 8,7 milhões .
Em apenas uma década, de 2007 a 2016, mais de oitenta montadoras chinesas produziram 186 milhões de veículos automotores. Nos últimos vinte anos, a China estruturou joint-ventures com os principais e tradicionais construtores de veículos e, mais recentemente, montadoras chinesas compraram a Volvo Cars, adquiriram participação no Grupo PSA e manifestam intenção de comprar o Grupo FCA.
Não é pouco. O SUV de entrada da JAC Motors, o T40, lançado no mercado brasileiro em agosto último, mostra – em partes – a evolução dos carros chineses. Este repórter, nos últimos dez anos, teve a oportunidade de dirigir vários veículos chineses, em especial os miniutilitários, e pode garantir que o padrão de qualidade é outro.
Alto e largo, o T40 permite a acomodação de passageiros adultos no banco traseiro – a carroceria possui 1,57 metro de altura –, exibe a largura de modelos do segmento médio do mercado, 1,75 m, o que o equipara a um JAC J5, por exemplo, que tem apenas 2 cm a mais. E isso faz toda a diferença desse segmento, na acomodação de três passageiros no banco traseiro, com bom espaço para ombros e cabeças. Além disso, seu porta-malas tem capacidade volumétrica de 450 litros.
Quanto à motorização, o T40 traz uma unidade de 1.5 litro VVT 16V JetFlex, igual ao motor do T5, que desenvolve a potência de 125 cv (gasolina) e 127 cv (etanol), com torque máximo de 152 Nm e 154 Nm, respectivamente. Além de todos os dispositivos eletrônicos que assessoram nas frenagens, o modelo possui um conjunto mecânico eficiente, com discos ventilados nas rodas da frente e discos sólidos na traseira.
Ao Volante rodou com o T40 pouco mais de 500 km em rodovias. Seu consumo foi de 10,9 km/l de gasolina. O SUV de entrada a JAC correspondeu às expectativas, exceto pela sensação de uma direção muito leve (elétrica). Os técnicos da JAC argumentaram que se trata apenas de uma questão de calibração.
Duas versões compõem a linha comercializada no Brasil. Na Pack 2, ao preço de R$ 56.990, o JAC T40 vem equipado com travamento automático das portas a 15 km/h, aviso de cintos não acoplados, freios com ABS, distribuidor de fenagem, assistente para frenagens de pânico, controle eletrônico de estabilidade, controle eletrônico de tração, assistente de partida em rampas, monitoramento da pressão dos pneus, sensor traseiro de estacionamento, luzes diurnas de LED, luzes de conversão estática, e indicador de troca de marchas.
A lista de conteúdo é longa e agrega ainda cruise control, função Follow Me Home, abertura interna da tampa do tanque de combustível; trava elétrica das portas e da tampa do porta-malas, alarme antifurto, espelhos retrovisores externos com ajuste elétrico, faróis com regulagem elétrica de altura do facho, acendimento automático dos faróis, volante revestido em couro e com comando de áudio, banco do motorista com ajuste de altura e dois assentos com Isofix. As rodas são de liga leve com 16 polegadas.
Na versão Pack 3, que sai por $ 58.990, o JAC T40 tem ainda câmeras dianteira e de ré, além de sistema multimidia com tela de 8 polegadas. Com esses pacotes generosos de equipamentos, ao T40 só faltar vir com transmissão automática.
Fotos: Divulgação/ JAC
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