Sérgio Habib, presidente da JAC Motors, projeta emplacar 10 mil veículos no ano que vem
Por George Guimarães
Porque o mercado brasileiro está reagindo tão fortemente?
Um dos fatores, com certeza, é a queda das taxa de juros. Hoje se comora um carro financiado mais barato do que no início do ano e é bom lembrarmos que 65% das vendas de veículos são financiadas. Outros dois são a volta do confiança do consumidor e a demanda reprimida dos últimos três ou quatro anos. Pessoas que compraram um carro em 2012 ou 2013, anos de mercado aquecido, deixaram de comprar na crise e agora já consideram trocar seus veículos que têm três anos ou mais de uso.
O crescimento do mercado interno em 2017 será de que ordem?
Devemos chegar a 2,2 milhões de veículos, uns 11% a mais. No primeiro trimestre o mercado não cresceu, no segundo, cresceu 5% e no terceiro, perto de 13%. Neste quarto trimestre deve evoluir uns 20%. A média diária de vendas em outubro é de 9 mil unidades contra 7,5 mil de outubro do ano passado. Já estamos girando, portanto, em um ritmo de 2,4 milhões de unidades anuais.
Quanto a JAC espera vender no Brasil no ano que vem?
Estimamos cerca de 10 mil veículos. Vamos vender o que conseguirmos e não mais o que o governo permitir, como aconteceu nos últimos anos.
Além do T20, já anunciado, haverá outras novidades em produtos?
Só não trouxemos o S40 com câmbio automático por ocnta da cota, mas importaremos essa versão a partir de março do ano que vem. O T8, que vendemos aqui, pertence a um segmento que, curiosamente, não emplaca no Brasil. É uma particularidade do nosso mercado. Tentamos vendê-la para hotéis, para tudo o que segmento, mas é um mercado quase inexistente. Por isso, vamos importar uma van maior, a Sunray [ modelo do porte da Mercedes-Benz Sprinter].
A rede atual da JAC é adequada para esse novo momento do mercado a pártir de 2018?
Hoje temos 22 revendas e 26 pontos assitenciais. Já temos certa a abertura de mais nove concessionárias até o fim de 2018, mas tenho certeza de que serão mais. A ideia é voltar a ter de 50 a 60 revendedores no médio prazo, por volta de 2019 ou 2020. Isso para vendermos pelo menos 15 mil veículos anualmente, já que A média mínima aceitável por consessionária é de 30 veículos mensais. Menos que isso, é inviável.
Porque investir em veículos de carga novamente?
Essa era uma vontade da JAC da China desde que iniciamos a representação. Argumentei que antes era necessário criar a imagem de marca antes e disseque que preferia vender antes uns 50 mil automóveis para depois ingressar nesse segmento. Já vendemos nesses seis dea empresa mais de 80 mil veículos. É importante lembrar também que o segmento de VUCs foi o de menor queda entre os caminhões. chegou a 12,6 mil unidades em 2011 e deve fechar este ano com 8,2 mil emplacamentos, um recuo de 49,4% mas ainda assim bem menor do que a média do mercado, que saiu de mais de 170 mil para menos de 50 mil no mesmo período.
Foto: AutoIndústria
Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…
100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…
Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…
Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…
Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.