Por Redação

Os trabalhadores da Mitsubishi, em Catalão, GO, decidiram manter a greve iniciada há oito dias em assembleia realizada nesta segunda-feira, 23. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, Simecat, a empresa apresentou proposta, mas os números ofertados não atenderam as expectativas dos trabalhadores. A entidade não revelou valores, mas informou que o maior impasse concentra-se nas negociações de PLR, Participação nos Lucros e Resultados, e na data-base.

Durante a assembleia que aconteceu às 6h na porta da fábrica, a grande maioria dos trabalhadores rejeitou a proposta da direção da Mitsubishi e nem entrou na fábrica. Uma nova assembleia está marcada para a terça-feira, 24, às 6h30, no Distrito Industrial.

A produção na montadora chegou a ser suspensa no dia 11 de outubro, quando os metalúrgicos realizaram uma paralisação de advertência. A partir do dia 16 não houve mais produção. No final da tarde desta segunda-feira, 23, o Simecat se reuniu com a direção da Mitsubishi com a mediação da Justiça do Trabalho. Todos os encaminhamentos da mesa de negociação, segundo a entidade sindical, serão repassados aos trabalhadores na próxima assembleia.

Também a Chery está com a produção paralisada por causa da greve de seus funcionários, que já dura 26 dias. Na terça-feira, 17, houve audiência de conciliação no TRT, quando o Tribunal propôs reajuste salarial de 3,73%, renovação dos direitos previstos no acordo coletivo, redução no valor do convênio médico, implantação de Plano de Cargos e Salários, estabilidade de 90 dias e pagamento dos dias parados. Mas a Chery, segundo o sindicato, não aceitou o acordo e insiste em reajuste de 1,73%, equivalente à inflação do período e na não renovação do acordo coletivo. Uma nova audiência de conciliação está marcada para o dia 31, também no TRT.


Foto: Divulgação/Simecat

Alzira Rodrigues
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