Mercado

A flexibilidade no consórcio de máquinas agrícolas

Pessoas físicas dominam as vendas no segmento, que pode ter pagamento por safra e envolve produtos de R$ 11,3 mil a R$ 672 mil

Por Alzira Rodrigues

Ao contrário do que acontece em outros segmentos, o consórcio de máquinas agrícolas é bem mais flexível em relação a valores, público e formas de pagamento. Levantamento feito pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, mostra que houve expansão de 46,4% no números de consorciados nesse segmento em três anos, com total hoje de 92,1 mil participantes. Só no último ano, de agosto de 2016 a 2017, o avanço foi de 4,7%.

Dominado por pessoas físicas, que respondem por 51,5% do universo de consorciados, num total de 47,35 mil interessados na aquisição de um bem, o consórcio de máquinas agrícolas tem ainda 10,6% de participação dos produtores rurais (9,75 mil ). As pessoas jurídicas somam 35 mil, fatia no total de 38%.

Um grande diferencial no segmento são as formas de pagamento, fruto dos diversos tipos de culturas bem como das variações de épocas de semeadura e colheita. Da tradicional no sistema, que são prestações mensais, no caso das máquinas agrícolas têm também pagamento por safra anual, pagamento por safra com adiantamento trimestral ou semestral e pagamento mensal de meia parcela, com reforço também trimestral ou semestral.

E é expressiva a faixa de preços dos produtos contemplados no sistema. O valor dos bens no segmento, conforme balanço de agosto, tem tíquete médio de R$ 189,7 mil. As compras, no entanto, vão de apenas R$ 11,3 mil a até R$ 672 mil, refletindo a grande oferta de produtos da indústria de máquinas agrícolas no País.

Essa significativa variação, segundo o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, evidencia a importância do consórcio nos mais diversos tipos de agricultura. “A modalidade abrange desde os pequenos até os grandes produtores que planejam e/ou pretendem adquirir equipamentos de forma econômica, com mais tecnologia embarcada e que proporcionem melhores resultados”.

Na avaliação de Rossi, a expansão das vendas no segmento em plena crise-política-econômica vivida no País mostra que a modalidade, além de ser importante na composição do mix das atividades e na obtenção de bons resultados no agronegócio, contribuiu para o recorde da última safra.

Dos contemplados no segmento, 38% adquiriram tratores de rodas e esteira, 32% compraram implementos agrícolas/rodoviários e na sequência vieram as colheitadeiras (18%) e os cultivadores motorizados (12%). O maior volume de consorciados ativos no segmento concentra-se na região Sudeste, com 34,5% de participação em agosto deste ano. Nas demais regiões, foram observados os percentuais de 27,6% no Sul, 24,5% no Centro-Oeste, 10% no Nordeste e 3,4% no Norte.

O levantamento especial da Abac foi feito a partir dos dados fornecidos pelas administradoras associadas à entidade que atuam no segmento de máquinas e implementos agrícolas, que no cômputo geral está inserido no setor de veículos pesados, junto com os caminhões.


Foto: CNHi

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Volvo garante cinco estrelas no primeiro Truck Safe do Euro NCAP

Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…

% dias atrás

Dulcinéia Brant é a nova VP de compras da Stellantis na região

Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa

% dias atrás

Automec 2025 terá 700 expositores de outros países

É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…

% dias atrás

Stellantis apresenta a STLA Frame para veículos grandes

Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km

% dias atrás

Com fraco desempenho de elétricos, mercado europeu cresce 0,7% em 2024

Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027

% dias atrás

Mercedes-Benz negocia 480 ônibus para BH

Transporte de passageiros

% dias atrás