Ainda são poucos os veículos elétricos e plug-ins que rodam pelo Brasil, país que, mesmo em forte decréscimo nos últimos três anos, consome anualmente mais de 2 milhões de automóveis e comerciais leves. Um quadro bem diferente de mercados mais maduros, onde a presença desses produtos já é notável e, pelo anunciado ritmo de lançamentos, tende a crescer de forma significativa nas próximas duas décadas.
Dois óbvios empecilhos imediatos para que o brasileiro compre mais automóveis elétricos são a oferta restritíssima de modelos e os altos valores pedidos por eles. Um terceiro é a falta de ampla infraestrutura para recarga.
Ao menos neste último caso já se nota algum movimento para contorná-lo. A BMW, que negociou no mercado interno cerca de duzentas unidades dos modelos I3 e I8, além de sua rede de concessionárias, tem se valido de acordos com shoppings e até com supermercados para aumentar o número de pontos de recarga gratuita. Já são 67 em operação em todo o Brasil.
No transcorrer do segundo semestre do ano passado, porém, a montadora avançou um pouco mais nesse propósito e firmou parceria com a rede Ipiranga para ampliar a oferta de pontos de recarga públicos. Os dois grupos planejam dispor de ao menos cinquenta BMW i Wallbox Pro, como são conhecidos os totens de recarga, em pelo menos cinco capitais.
Em uma rápida parada, é possível ter carga para até 25 quilômetros, autonomia satisfatória para trajetos urbanos. Para carregar integralmente a bateria do esportivo híbrido i8 são necessárias 2h30, enquanto as baterias do i3 exigem 3h45, o que permite rodar até 300 quilômetros com o uso do extensor de carga, o motor responsável por manter o nível de carga das baterias.
Mas mais do que garantir o abastecimento de uma frota ainda diminuta, as tomadas em postos de combustíveis chamam a atenção dos proprietários dos veículos convencionais, com certeza o maior interesse da BMW neste período, digamos, seminal dos veículos elétricos no Brasil. (George Guimarães)
Foto: AutoIndústria
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