País pode encerrar 2017 com segundo maior mercado de sua história
Por George Guimarães
Se a indústria automobilística brasileira tem mostrado importante recuperação de sua produção em 2017, boa parte dela se deve às exportações, em especial ao mais tradicional destino dos veículos brasileiros no Exterior: a Argentina. Se aqui as vendas melhoraram, mas estão muito longe dos melhores dias, lá o mercado segue aquecido como não se via há pelo menos quatro anos e deve encerrar 2017 com o terceiro, talvez até segundo melhor resultado da história.
Nos dez primeiros meses do ano, as vendas das montadoras para as concessionárias na Argentina chegaram a 715 mil veículos, 21,8% a mais do que em igual período do ano passado, segundo levantamento da Adefa, a Associação de Fábricas de Automotores. Mantida a atual média mensal, ficarão próximas das 900 mil unidades até dezembro.
No caso dos emplacamentos, os números são ainda melhores. Com os 77,2 mil registrados no mês passado, já foram licenciados na Argentina 778,9 mil veículos de janeiro a outubro, crescimento de 27,8%. A Volkswagen, que viu suas vendas subirem 42% no período, é a marca líder com 122,1 mil unidades vendidas — o Gol continua como o carro mais vendido, com 38,8 mil unidades —, seguida da Chevrolet, 104,9 mil veículos emplacados, da Renault, 100,3 mil, Ford, 96,2 mil, e Fiat, 80,3 mil licenciamentos.
O recorde do mercado argentino no atacado é ainda de 2013. Naquele ano, foram negociados mais de 963 mil veículos, dois terços deles importados. Já no ano seguinte, porém, as vendas encolheram para 613 mil unidades, mantiveram-se estáveis em 2015 e saltaram novamente para 721 mil em 2016, resultado, com certeza, já ultrapassado nesta primeira semana de novembro. Só em outubro chegaram às revendas 74, 4 mil unidades, crescimento de 32 % com relação ao registrado um ano antes.
Nos dez primeiros meses do ano saíram das linhas de montagem argentinas 393,6 mil veículos, apenas 2,1 % a mais do que no mesmo período do ano passado. Em outubro foram fabricados 43,8 mil veículos, 15,9 % de crescimento sobre outubro de 2016. Da produção argentina em dez meses, quase 44% do total, 172,2 mil, seguiram para outros países, crescimento de 15,1% nos embarques.
A modesta evolução na produção mostra também que os veículos importados seguem na preferência do consumidor argentino. Tanto que os produtos nacionais somaram somente 211,3 mil unidades negociadas no atacado de janeiro a outubro, 9,5% menos do que em igual período do ano passado.
A presença dos automóveis brasileiros é maciça. Até setembro, eles representaram mais de 60% do total vendido no país vizinho, enquanto os veículos locais responderam por menos de 28% e os 12% restantes foram importados de outros países, em particular do México.
O novo presidente da Adefa, Luis fernando Peláez Gamboa, lembra que outubro foi o sexto mês consecutivo de crescimento no comparativo anual, o que indicaria a inversão da curva descrescente dos principais parâmetros de desempenho do setor nos últimos três anos. As montadoras brasileiras comemoram!
Fotos: Divulgação/VW
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