Enquanto o mercado de caminhões ainda registra queda 4,5%, a fabricante acumula crescimento de 20% nas vendas
Por Lael Costa
Apesar dos recentes resultados positivos nas vendas mensais obtidos pelas montadoras de caminhões, as marcas ainda lutam para recuperar o desempenho perdido com a crise dos últimos anos. A Scania, no entanto, parece estar passando ao largo na corrida para ajustar seus volumes de vendas.
De acordo com os dados da Anfavea, no acumulado do ano até outubro, a fabricante de São Bernardo do Campo (SP) vendeu 4.321 caminhões, alta de 20,3% sobre o volume vendido no mesmo período do ano passado, de 3.592 unidades. É bem verdade que a empresa disputa o mercado somente nas categorias de semipesados e pesados, mas o resultado permite estabelecer o quinto lugar no ranking de vendas, com participação no mercado total de 10,7%.
A montadora ainda tem outros motivos para comemorar. Agora, em outubro, o pesado R440 se tornou o modelo mais vendido da história da marca. Desde que foi lançado, em janeiro de 2012, já foram emplacadas 26.921 unidades. O volume desbanca o título de mais vendido do T113H, oferecido pela fabricante entre os anos de 1991 e 1998, período no qual foram licenciadas 26.731 unidades.
Se já não bastasse o recorde, o R440 também deverá se consagrar como o mais caminhão mais negociado no mercado brasileiro de 2017. Nos dez primeiros meses do ano, 2.196 unidades do modelo ganharam as estradas. Nenhum outro caminhão apresenta vendas tão favoráveis. O leve VW 8.160 é o que chega mais perto, com 1.994 unidades emplacadas durante o ano.
Disputada acirrada – Enquanto a Scania coleciona bons resultados, a corrida nas raias dos líderes fica mais empolgante. É indiscutível a distância da Mercedes-Benz, em primeiro lugar, da MAN. A marca da estrela de três pontas vendeu 827 unidades a mais do que a vice-líder no acumulado do ano, 11.618 contra 10.791 caminhões. A cada mês, porém, a montadora de Resende (RJ) avança. No balanço do primeiro semestre, a diferença de emplacamentos era de 965 unidades. O desempenho de ambas, no entanto, ainda não superou os volumes registrados no ano passado. As vendas da Mercedes-Benz ainda são 5,6% menores e as da MAN, 7,2%.
A Ford Caminhões segue sem ameaças em sétimo lugar, com 6.264 unidades licenciadas nos dez primeiros meses do ano, o que representou participação de 15,5% do mercado e queda de 4,8% na comparação com o volume negociado no mesmo período do ano passado.
A concorrente direta da Scania, a Volvo, em quarto lugar no ranking negociou 4.533 caminhões até outubro ou fatia de 11,2% do mercado. Mas diferente da rival, a quantidade de caminhões emplacados pela montadora de Curitiba (PR) representa uma queda de 2,1% em relação às vendas do acumulado até o décimo mês do ano passado.
O ranking segue com a Iveco, em sexto lugar. Os 1.576 caminhões licenciados que acumula no ano, permitiram à marca uma participação de 4% e acentuada queda, bem abaixo do mercado, de 27,2%.
Realidade bem diferente da DAF, na sétima posição, a outra montadora do mercado brasileiro que experimenta crescimento. Os volumes de venda da novata de Ponta Grossa (PR), ainda são pequenos, mas em constante ascendência. Até outubro, a montadora registrou 787 unidades vendidas, alta de 47,4% sobre o desempenho de um ano antes. O resultado proporcionou à DAF participação de 2% e, cabe lembrar, que a empresa também atua somente nas categorias de semipesados e pesados.
O restante das montadoras de caminhões associadas à Anfavea que disputam o mercado brasileiro encerrou os dez primeiros meses do ano com participação abaixo de 1%: a FCA, em oitavo lugar, com 0,8%, a Agrale (0,25%), International (0,08%) e Hyundai Caoa (0,02%).
Foto: Scania/Divulgação
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