Por Alzira Rodrigues
Apesar da reação do mercado automotivo brasileiro este ano, a Honda ainda não tem planos com relação à sua fábrica de Itirapina, no interior paulista, que está fechada há dois anos. De acordo com o presidente da Honda para a América do Sul, Issao Mizoguchi, a empresa acredita que as vendas de veículos continuarão em alta, mas não de forma generalizada:
“O crescimento das vendas se concentrará prioritariamente no segmento de entrada”, comentou Mizoguchi na segunda-feira, 13, ao participar da abertura do Salão Duas Rodas 2017, que acontece no São Paulo Expo, na capital paulista. Ou seja, a expectativa do executivo é que nos demais segmentos, nos quais a marca atua, a retomada será mais lenta, não justificando, ao menos por enquanto, acionar as operações de Itirapina.
Em sua fábrica de Sumaré, também no interior paulista, a Honda em capacidade para produzir 120 mil automóveis/ano, mesmo volume projetado para a unidade industrial de Itirapina, que recebeu investimentos de R$ 1 bilhão e teve construção iniciada em 2013. Em Sumaré são produzidos os modelos City, Fit e Civic, além dos SUVs HR-V e WR-V. Como a linha única de produção é flexível, a empresa amplia a produção de um ou outro automóvel de acordo com a demanda do mercado.
Com 108,4 mil emplacamentos no acumulado até outubro, a marca registrou este ano crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período de 2016, quando comercializou 100,4 mil unidades. “Apesar da crise dos últimos anos, a venda dos nossos automóveis não caiu muito”, comentou o presidente da Honda. Diante da estabilidade da marca, a ideia, ao menos por enquanto, é continuar mantendo a oferta no mesmo patamar, o que pode ser garantido apenas com a fábrica de Sumaré.
Foto: Divulgação/Honda
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