Produto

Espaço interno e tecnologias são os destaques do Volkswagen Virtus

Diferente do irmão Novo Polo, sedã não terá motor 1.0 aspirado

Por George Guimarães

Está certo, o desenho não chega a ser revolucionário, como recorrentemente  dizem os criadores de automóveis sobre seus pupilos,  mas a carroceria do Volkswagen Virtus tem, sim, um perfil de modernidade difícil de encontrar nos autais sedãs nacionais menores. A chamada coluna “C”, que finaliza o teto sobre o porta-malas, o aproxima muito de um cupê. Agradará quem procura um modelo com boa capacidade de bagagem sem ser necessariamente um carro de tio, como dizem por aí sobre carrocerias mais conservadoras.

O modelo tem a mesma base construtiva e atributos tecnológicos do Novo Polo, um mini-Gollf como frisa agora os filmes publicitários da montadora. Só que não se pode dizer que o Virtus  é um mini-Jetta, já que tem exatamente as mesmas proporções externas e algumas internas do modelo que já foi produzido aqui e agora é apenas importado do México.

E o preço? — E, embora a Volkswagen negue, o próprio Jetta não deve ter vida longa nas 530 concionárias da marca, justamente em função da futura oferta do Virtus, que deve ferir de morte também as versões topo do Voyage. Mas para saber, de fato, o estrago que fará nesses dois casos e também, claro, na concorrência, é preciso aguardar a definição dos preços de suas três versões de acabamento — MSI, Comfortline e Highline —, sempre os melhores balizadores para o cada vez mais volúvel consumidor brasileiro.

Atrativos e argumento, entretanto, não faltarão aos revendedores para chamar a atenção de potenciais clientes. Produzido sobre a plataforma modular MQB,  o Virtus tem espaço interno generoso para o seu porte. Com 4,48 metros de comprimento, sua distância entre-eixos  é de 2,65 metros, a mesma do Jetta, e  8,5 cm maior do que a do Novo Polo. O acabamento está na média do segmento, assim como o porta-malas de 521 litros.

 

 

A exemplo de seu irmão hatch, terá a opção de um conjunto mecânico particularmente elogiável: o 1.0 TSI com turbo e injeção direta de 128 cv associado a câmbio automático de seis velocidades.  Além dele, o  1.6 MSI de 117 cavalos e câmbio manual. Mas, pelo menos por enquanto, nada de 1.0 aspirado, como tem o Novo Polo. Controle eletrônico de estabilidade só na versão como motor turbo, a 200 TSI.

Esclarece dúvidas — Opicionalmente, o Virtus oferece, dentre outros recursos de conforto, sofisticações  como o sistema Discover Media, com tela sensível ao toque de 8 polegadas, que permite o espelhamento de smartphones por meio das plataformas Mirrorlink, Apple CarPlay e Android Auto. Mas o maior destaque é o Active Info Display, no qual os instrumentos do painel são implementados virtualmente via software e informações de navegação podem ser mostradas em 2D ou 3D, tudo em uma tela 10,25 polegadas.

Uma inovação para automóveis vendidos no Brasil: o sedã terá o que a Volkswagen chama de manual cognitivo, na verdade um aplicativo capaz de responder a diversas questões sobre o veículo, incluindo informações contidas no manual do carro.

Como os buscadores na internet, o aplicativo tem campos para digitação e microfone para que o usuário faça sua pergunta oralmente . A Volkswagen assegura que o sistema reconhece sotaques e é capaz de aprender quanto mais se interage com ele.


Fotos: AutoIndústria/Divulgação

 

 

 

 

 

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George Guimarães

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