Mercado

Scooters batem recorde de vendas

Honda PCX tem mais da medade das vendas do segmento

Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br

Que carros subcompactos, que nada! Os verdadeiros veículos de transporte individual urbano são bem menores e muito mais baratos e ágeis.  De quase uma curiosidade no Brasil há dez anos, os scooters tornaram-se opção crescente para quem reside ou trabalha nas megalópoles brasileiras. Tanto que, mesmo com o drástico encolhimento do mercado brasileiro de duas rodas nos últimos cinco anos, as vendas do segmento seguem em elevação e já cravaram novo recorde em 2017.

De janeiro a outubro foram negociados, no atacado, 48,8 mil scooters no mercado interno, crescimento de nada menos 60,9% com relação ao mesmo período do ano passado e já o melhor resultado histórico do segmento.  O recorde anual era ainda de 2014, quando foram vendidas 42,5 mil unidades.

No entanto, projeções da Abraciclo, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas. Bicicletas e Similares, indicam que o ano deverá fechar com 58,6 mil scooters vendidos, 57,1% a mais do que no ano passado. A média mensal, assim, será da ordem de 4,9 mil unidades.

Para se ter uma ideia do que isso significa: as vendas totais ao longo de 2007, exatamente uma década atrás, ficaram em meros 3,3 mil scooters. Ou seja, de lá para cá o segmento cresceu vinte vezes!  No mesmo período, o mercado total de motocicletas caiu praticamente pela metade: de 1,6 milhão negociadas, para esperadas 813 mil no fim de 2017.

A participação do segmento nas vendas totais também seguiu ladeira acima — e rapidamente.  Era de apenas 0,2% em 2007 e, no acumulado dos dez primeiros meses de 2017, já está em 7,3%.

O Salão Duas Rodas realizado em São Paulo no começo deste mês deu boa mostra do entusiasmo e disposição dos fabricantes e importadores para acompanhar o interesse que esses modelos têm despertado nos consumidores que buscam se deslocar mais rapidamente em ruas e avenidas saturadas de veículos.

Já são dezenas de modelos e versões disponíveis no mercado. A quase totalidade de baixa cilindrada, ainda que com preços muitas vezes superiores aos das motos com potência e desempenho equivalentes. Há, porém, opções bem mais sofisticadas, que custam o mesmo que muitas motos de alto desempenho.

A liderança da Honda PCX, entretanto, é inconteste. O modelo com motor de 150 cc custa a partir de R$ 10,5 mil e somou 23,1 mil unidades emplacadas de janeiro a outubro, mais da metade das vendas no varejo.

Com outros dois modelos, a Honda registrou 25,5 mil emplacamentos, contra 15,9 mil da Yamaha, a segunda colocada, e muitíssimo à frente da terceira, a Dafra, com pouco mais de 1,5 mil unidades e que, ainda assim, é  foi uma das primeiras empresas a apostar alto no segmento com o Citycom 300i, um dos modelos mais bem sucedidos no mercado brasileiro.


Foto: Divulgação

Compartilhar
Publicado por
George Guimarães

Notícias recentes

Volvo garante cinco estrelas no primeiro Truck Safe do Euro NCAP

Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…

% dias atrás

Dulcinéia Brant é a nova VP de compras da Stellantis na região

Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa

% dias atrás

Automec 2025 terá 700 expositores de outros países

É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…

% dias atrás

Stellantis apresenta a STLA Frame para veículos grandes

Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km

% dias atrás

Com fraco desempenho de elétricos, mercado europeu cresce 0,7% em 2024

Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027

% dias atrás

Mercedes-Benz negocia 480 ônibus para BH

Transporte de passageiros

% dias atrás