A taxa caiu de 4,7% para 3,8% em doze meses a liberação de crédito cresceu 22,6%
Por Redação
Com o registro em outubro de uma taxa de inadimplência de 3,8% entre as pessoas físicas, a menor do ano, o consumidor de veículos tem encontrado mais facilidade para obter crédito. No acumulado dos primeiros dez meses do ano o sistema financeiro liberou R$ 81,4 bilhões para transações nesse mercado, uma alta de 22,6% em doze meses. O valor atingido até outubro é bem próximo ao montante do ano passado todo, que foi de R$ 82,2 bilhões.
Os dados foram divulgados na segunda-feira, 4, pela Anef, a associação que representa as instituições financeiras das montadoras. A queda dos juros, segundo o presidente da entidade, Luiz Montenegro (foto), é uma das principais razões para o aumento na procura pelo crédito: “Se for mantida a previsão atual para o cenário econômico, a tendência para os próximos meses será de juros mais baixos, aumento da confiança do consumidor, maior demanda por financiamento e redução no número de não pagadores”.
A taxa de inadimplência de outubro, de 3,8%, representa queda de 0,1 ponto porcentual em relação a setembro e de 0,9 ponto na comparação com o mesmo mês do ano passado. O índice de não pagadores chegou a 4,9% em 2015 e no final do ano passado estava em 4,6%.
Dos R$ 81,4 bilhões liberados pelo sistema financeiro, R$ 79,9 bilhões foram destinados aos contratos de CDC, Crédito Direto ao Consumidor, e o restante, no total de R$ 1,5 bilhão, às operações de leasing. As transações com o CDC cresceram 23,5% no enquanto, enquanto as relativas ao leasing registraram queda de 12,1%.
De acordo com a Anef, outubro teve o segundo melhor resultado do ano. O total liberado foi de R$ 9,23 bilhões, aumento de 10,3% na comparação com setembro e de 38,7% em relação ao mesmo período de 2016. Só em agosto a liberação de crédito foi um pouco maior, com montante de R$ 9,26 bilhões.
As taxas de juros praticadas pelos bancos de montadoras em outubro foram de 19,7% ao ano e de 1,5% ao mês. Já as instituições financeiras independentes trabalharam com índices de 22,5% e 1,7%, respectivamente. O prazo médio das concessões é de 42,2 meses e o prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses. O saldo das carteiras em outubro atingiu R$ 165,9 bilhões, valor 0,9% superior ao registrado em setembro e 1,5% do que o obtido no mesmo mês do ano passado.
Foto: Divulgação/Anef
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