Por Lael Costa
Em novembro, as vendas de caminhões no mercado interno somaram 5.472 licenciamentos, crescimento de 44% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de 3.800 unidades vendidas. Pelas contas da Anfavea, é o melhor resultado para o segmento desde dezembro de 2015.
Durante divulgação do desempenho da indústria automotiva na quarta-feira, 6, Antonio Megale, presidente da associação, observou que o desempenho deve melhorar ainda mais nos próximos meses. “Os negócios oriundos da Fenatran ainda não estão contabilizados, o que oferece expectativa otimista daqui para a frente.”
No acumulado até novembro o desempenho ainda se apresentou negativo, mas em poucos dias deverá começar a registrar números positivos. Nos onze primeiros meses do ano, as 45.865 unidades negociadas representaram um leve recuo de 0,5% ante os 46.109 emplacamentos registrados no mesmo período do ano passado. “O volume negociado já nos primeiros dias de dezembro certamente registrou índice positivo no acumulado em relação a 2016.”
As exportações de caminhões também têm proporcionado números positivos para o segmento. Em novembro, as remessas somaram 2.302 unidades, alta de 4,4% sobre o mesmo mês do ano passado, quando embarcaram 2.206 veículos. Mas é no acumulado de janeiro a novembro que o crescimento se mostra mais expressivo, de 36,8%. No período seguiram para mercados internacionais 26.140 unidades contra 19.114 caminhões exportados nos mesmos onze meses de 2016.
“Vemos um desempenho interessante nas exportações de caminhões, a Rússia já é o nosso quarto maior comprador”, destacou Megale. “Esse ano foram embarcadas para lá 2.452 unidades, crescimento de 800%, o que mostra que os produtos daqui ganharam competividade para atender mercados distantes.”
Os desempenhos positivos nos mercados interno e externo avançaram com a produção de caminhões. No mês passado, as montadoras produziram no País 8.180 unidades, crescimento de 52,6% sobre o volume contabilizado em novembro do ano passado, de 56.380 unidades.
No acumulado do ano também o volume produzido registrou uma alta significativa. Os 75.465 caminhões fabricados de janeiro a novembro representaram evolução de 33,9% sobre as 56.580 unidades de um ano antes. “Apesar do ritmo embalado no chão de fábrica, a capacidade ociosa da ordem de 75% nas fábricas ainda preocupa”, observou Megale.
Ônibus – A recuperação do segmento de veículos pesados também se mostra no desempenho de chassis para ônibus. E novembro, as 1.068 unidades negociadas no mercado interno representaram alta de 78% sobre o mesmo mês de 2016, quando o foram vendidos 610 chassis.
No acumulado, ao contrário do segmento de caminhões, as vendas de ônibus já ultrapassaram o volume do ano passado. As 10.534 unidades vendida até novembro proporcionou um leve crescimento de 0,4% sobre o volume de um ano antes, de 10.495 ônibus.
Os resultados positivos se reproduzem no chão de fábrica. Em novembro foram produzidos 1.665 chassis, alta de 4,3% em relação às 1.596 unidades fabricada no mesmo mês do ano passado. No acumulado dos onze primeiros meses, os 19.348 chassis produzidos acusaram alta de 9,1% na comparação com o volume de 17.737 unidades registradas há ano.
Foto: Scania/Divulgação
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