Ao contrário dos anos anteriores, o mercado de zero-quilômetro registra melhor desempenho em 2017
Por Redação
Em contraste com os anos anteriores, quando o mercado de zero-quilômetro estava em retração, o mercado de veículos usados este ano tem desempenho inferior ao de novos. De acordo com dados da Fenabrave, foram comercializados nos primeiros onze meses do ano total de 10 milhões de usados, uma alta de 8,2% em relação aos 9,7 milhões do mesmo período do ano passado. Já o mercado de novos teve alta de 9,8% – 2 milhões contra 1,84 milhão.
O comportamento das vendas é melhor no segmento de automóveis e comerciais leves usados, que teve expansão de 8,3% – 9,7 milhões contra 8,9 milhões no mesmo comparativo. O mercado de caminhões usados registrou crescimento um pouco menor, de 4,4%, com, respectivamente, 315,2 mil e 301,8 mil unidades. Nos últimos três anos, as vendas de usados cresciam em patamares expressivos enquanto a de novos caia, refletindo uma clara migração do consumidor do zero-quilômetro para o veículos já usado.
Os números deste ano, segundo Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, a entidade que representa os revendedores de veículos independentes, mostra uma estabilização entre os dois segmentos, reflexo da retomada do mercado de novos: “A manter-se esse patamar atual, a Fenauto visualiza uma acomodação normal nas vendas de seminovos e usados, retornando à sua performance de acompanhamento das vendas dos zero-quilômetro”.
Em novembro houve queda de 2,7% nos negócios de usados no comparativo com outubro – 908,2 mil unidades contra 933,8 mil –, o que é explicado pela Fenabrave pelo maior número de feriados no mês passado. Segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, o cenário do segmento de veículos usados continua com viés de alta, mesmo com a leve queda de novembro, exclusivamente causada pela quantidade de dias úteis.
“As vendas de veículos usados devem encerrar o ano seguindo nossas projeções de crescimento, em torno de 7,5%”, comentou Assumpção Jr. Do total das vendas de automóveis e comerciais leves vendidos, os chamados seminovos, com até 3 anos de fabricação, representaram 17,4% em novembro, e 14,8% no acumulado do ano.
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