Por Redação
A indústria automotiva na Argentina caminha para cravar, em 2017, um de seus melhores anos de vendas internas em toda a história. Os negócios no atacado, aponta levantamento da Adefa, a associação local fabricantes, somaram 793,5 mil veículos no acumulado de janeiro a novembro, muito próximo das 830 mil unidades negociadas em 2012, a terceira melhor marca desde a década de 50.
No entanto, restando apenas mais um mês para o encerramento do ano e mantido o fluxo recente nas concessionárias, bater o recorde de 963,9 mil unidades registrado em 2013 ou mesmo ultrapassar o resultado de 2011, quando foram vendidos mais de 883 mil automóveis e veículos comerciais, é certo que não será possível. Afinal, a média mensal entregue às revendas tem ficado na casa de 72 mil veículos em 2017 .
De qualquer forma, a evolução sobre 2016 já faria brilhar os olhos, por exemplo, do setor automotivo brasileiro, que comemora 10% de crescimento. Com 22% a mais no acumulado de onze meses, as 721,4 mil unidades registradas em todo no ano passado foram ultrapassadas já na primeira semana de novembro.
A forte recuperação do mercado interno, entretanto, não tem sido acompanhada pela produção. De janeiro a novembro saíram das linhas de montagem argentinas 438,9 mil veículos, apenas 1,4% a mais do que no mesmo períuodo do ano passado. Em novembro, foram fabricadas somente 45,2 mil unidades, 3,7% a menos do que um ano antes. A diferença de ritmo se explica: históricamente os modelos importados, especialmente os brasileiros, têm importante parcela nas vendas internas da Argentina. Em 2016, por exemplo, dominaram um terço dos negócios.
Mas mesmo que a produção refletisse o aumendo da demanda interna, a indústria argentina estaria bem longe de seus melhor dias. O recorde de produção no país vizinho é aindade 2011, quando foram fabricados 828,8 mil veículos.
Nos cinco anos seguintes, porém, os números foram decrescentes ano após ano, até chegar a 472 mil unidades no ano passado, praticamente o mesmo patamar registrado uma década antes. A aguardada ligeira variação positiva ao final de 2017 já é, portanto, algum alento.
Foto: Divulgação/PSA
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