Por Redação

Com o ritmo de crescimento das exportações superando o das importações desde maio, o Sindipeças revisou para baixo a projeção de déficit comercial do setor para este ano. Ante a previsão de US$ 5,92 bilhões feita anteriormente, acredita agora que o déficit ficará em US$ 5,4 bilhões. O crescimento sobre 2016 será de 2,7% e não de 12,6% como projetado inicialmente.

Em seu relatório sobre a balança comercial, o Sindipeças reconhece que não há como reverter o déficit comercial este ano, mas destaca que “o desempenho será melhor do que o projetado, em razão do acelerado ritmo de crescimento das exportações”.

No acumulado dos dez primeiros meses do ano, segundo a entidade, o déficit chegou a US$ 4,5 bilhões, valor 2,8% superior ao registrado no mesmo período de 2016. As exportações cresceram 13,2%, com total de US$ 6,1 bilhões de janeiro a outubro contra os US$ 5,4 bilhões de idêntico intervalo do ano passado, enquanto as importações tiveram alta de 8,5% – US$ 10,67 bilhões contra US$ 9,8 bilhões.

Em outubro, as exportações atingiram US$ 747 milhões, com expansão de 37% sobre o mesmo mês de 2016 e de 12,1% em comparação a setembro. De acordo com o Sindipeças, foi o melhor resultado da série histórica desde junho de 2015.
As importações também cresceram nesse mesmo comparativo, mas em ritmo inferior ao das exportações como vem ocorrendo desde maio. As compras no exterior atingiram US$ 1,2 bilhão em outubro, com alta de 5,9% sobre igual mês de 2016 e de 6,1% em relação a setembro.

Com relação ao destino das autopeças brasileiras, a Argentina segue como o principal mercado, seguida pelos Estados Unidos, México e Holanda. Os países asiáticos, segundo o Sindipeças, têm ampliado as compras de autopeças brasileiras em função principalmente de negociações intercompany – as exportações para aquela região cresceram mais de 30% este ano.

Do lado das importações, é notória a ascensão da China – hoje o principal vendedor de autopeças para o Brasil –, Coreia do Sul e México. As compras feitas pelas empresas do setor junto a esses três países cresceram, respectivamente, 29%, 41% e 36%. Por outro lado, verifica-se a queda das compras feitas nos Estados Unidos e na França, de respectivamente 8,9% e 4%.


 

 

Alzira Rodrigues
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