Philipp Schiemer diz que ociosidade baixou de mais de 60% para 45% e a empresa voltou a contratar
Após ter acertado com seus funcionários programa de horas extras que envolve trabalho em onze sábados no período de novembro a abril, a Mercedes-Benz decidiu revisar para cima a meta de crescimento do mercado de veículos pesados para o próximo ano. Estima agora que as vendas de caminhões crescerão 30%, ante os 22% projetados anteriormente, com cerca de 67 mil unidades emplacadas em 2018. As de ônibus devem ampliar-se em 15%, contra os 12% estimados antes, num total de 12,6 mil unidades.
Ao divulgar a nova meta na segunda-feira, 18, o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, Philipp Schiemer, falou de novos negócios recém-acertados, num total de 1.905 ônibus e 400 caminhões para entrega em 2018.
E garantiu que a marca fechará 2017 na liderança do mercado de pesados. A marca emplacará perto de 14,5 mil caminhões, com participação de 29% no total estimado de 51 mil a 52 mil unidades, e 6 mil ônibus, pouco mais de 50% das vendas do segmento, em torno de 11 mil unidades.
O executivo informou ainda que após perder 5 mil funcionários ao longo da crise dos últimos anos – são atualmente 7 mil em São Bernardo do Campo, SP, e 700 em Juiz de Fora, a empresa finalmente voltou a contratar. São 85 novos postos na fábrica mineira, onde é montado o caminhão Actros, que terá produção ampliada das atuais 14 unidades/dia para 18, e mais 86 aprendizes no ABC paulista.
Operando em apenas um turno mas com horas extras aos sábados, a Mercedes-Benz tem hoje uma ociosidade de 45% – no auge da crise esse índice superou os 60%. “Só daremos férias coletivas este ano porque teremos ações internas de modernização das linhas. Serão 17 dias contra os 23 do ano passado”, comentou Schiemer. A criação de um segundo turno, no entanto, ainda não está nos planos da empresa. “Vai depender do comportamento do mercado no futuro”.
Dentre os fatores que contribuirão para o crescimento de 30% no mercado de caminhões o executivo destacou a queda dos juros e do desemprego, uma boa safra e o fato de ser ano eleitoral, o que amplia investimentos em infraestrutura.
Também as exportações da marca estão em alta. Serão embarcados no total 14 mil veículos, dos quais cerca de 8,2 mil caminhões, o que representará crescimento de 34% sobre 2016. A montadora também exporta motores para a Alemanha e México, nesse último caso via Estados Unidos, com perspectivas de ampliação desses negócios em 2018. “Vamos começar a enviar o motor 900, Euro 5, para o México”.
Novos negócios – Quanto aos negócios internos recém-fechados, Schiemer informa que serão 1 mil ônibus para o Grupo Constantino e 905 micro-ônibus para a Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Dos caminhões, são 100 para a Raízen, 100 para a Risa, do Nordeste, e 150 Actros para a Transportadora Transoeste.
Considerando os mercados interno e externo, a Mercedes-Benz venderá este ano cerca de 35.000 veículos. “É um resultado bem expressivo, especialmente porque a retomada do crescimento só aconteceu últimos meses do ano”, comentou Schiemer. “Ou seja, a liderança acontece num mercado extremamente competitivo, desafiando as marcas na oferta do melhor produto, o que é decisivo na hora de fechar o negócio”.
A Mercerdes-Benz anunciou em outubro investimento de R$ 2,4 bilhões no período 2018 a 2022 nas suas fábricas de caminhões e ônibus e no desenvolvimento de novos produtos e de tecnologias em serviços e conectividade.
Foto: Divulgação/Mercedes-Benz
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