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Veículos: produção deve superar 3 milhões de unidades este ano.

A alta em 2017 foi de 25,2%, com 2,7 milhões de veículos fabricados. Anfavea prevê expansão de 13,2% em 2018.

Por Alzira Rodrigues

A indústria automobilística brasileira produziu 2,7 milhões de veículos em 2017, o que representou expansão de 25,2% em relação ao resultado de 2016. A Anfavea projeta nova alta para 2018, de 13,2%, apostando em volume total de 3 milhões 55 mil unidades. O setor fechou o ano com números positivos em todos os segmentos e a abertura de 5,5 mil novos postos de trabalho.

O mercado interno cresceu 9,2%, atingindo 2.239.683 emplacamentos. As vendas de automóveis e comerciais leves tiveram alta de 9,4%, com total de 2,17 milhões de unidades, e as de caminhões cresceram 2,7%, com quase 52 mil unidades. No caso dos ônibus a expansão foi de 5,3%, com 11,7 mil emplacamentos.

A projeção de crescimento da Anfavea para o mercado interno é de 11,7%, bem próxima à da Fenabrave, de 11,8%. A estimativa é de expansão de 11,3% nas vendas de automóveis e comerciais leves e de 27,7% no caso dos veículos pesados.

A alta maior da produção deve-se ao excelente resultado nas exportações, com 762 mil veículos embarcados ao longo do ano, um crescimento de 46,5% sobre 2016. Ao divulgar os dados do setor na sexta-feira, 5, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, comentou que o setor ainda opera com capacidade ociosa – de 47% nos automóveis e comerciais leves e de 75% nos caminhões –, mas destacou ser positiva a perspectiva de continuidade do crescimento.

“A produção de 2017 cresceu tanto em relação a 2016 como também no comparativo com 2015. E a expectativa é a de superarmos 3 milhões de unidades este ano”, disse Megale. Outro dado positivo citado pelo executivo é o volume de estoques nas fábricas e nas redes. “Encerramos dezembro com 219,1 mil veículos estocados, o que equivale a 31 dias de produção, número bem próximo ao que consideramos como ideal”.

Com relação aos carros importados, o presidente da Anfavea admite que haverá aumento de participação deles neste ano, em função principalmente do fim do Inovar-Auto, que penalizava esses produtos com 30 pontos adicionais de IPI. “A fatia dos importados no nosso mercado baixou para 10% no ano passado e deve crescer este ano para algo em torno de 15%”.

A indústria automobilística encerrou 2017 com 126,7 mil empregados, 4,7% a mais do que os 121,2 mil de um ano antes. E o número de funcionários em layoff ou PSE, Programa Seguro Emprego, que chegou a 38,7 mil no auge da crise, estava em 1.885 no mês passado – em novembro ainda eram 3.362.


Foto: Divulgação/Renault

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Alzira Rodrigues

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