Por Redação
Com o fechamento do ano é hora de contabilizar perdas e ganhos ao longo de um período que, embora tenha anotado resultado positivo, ainda se mostra muito abaixo dos desempenhos de três ou quatro anos atrás.
De acordo com os números da Anfavea, em 2017, o mercado de caminhões fechou com 51.941 unidades vendidas, alta de 2,7% em relação ao resultado de 2016 (50.559 unidades).
A Mercedes-Benz foi quem mais vendeu no período, 14.670 caminhões. O volume alcançado, no entanto, representou uma queda de 1,9% na comparação com os doze meses anteriores, quando a montadora emplacou 14.958 unidades. O resultado, de um ano para outro, fez com que a fabricante perdesse quase 1,5 ponto porcentual na participação do mercado total, encerrou 2016 com 29,6% e chegou ao fim de 2017 com 28,2%.
A maior rival da fabricante de São Bernardo do Campo (SP) e vice-líder do mercado, a MAN, contabilizou números de vendas menores, porém, mostrou desempenho melhor. Os 14.207 caminhões vendidos, o inclui os modelos da Volkswagen, representaram alta de 3,8% sobre os 13.690 negociados em 2016. O resultado praticamente não alterou a participação da marca, na casa dos 27%.
A Ford, a terceira montadora que mais vendeu caminhões em 2017, percorreu o caminho da estabilidade. No ano passado, o mercado absorveu 7.810 unidades da marca contra 7.757 contabilizadas em 2016, leve alta de 0,7%, como também uma pequena variação de 0,3 ponto porcentual na participação, saindo de 15% para 15,3%.
Com 5.953 caminhões vendidos no ano passado, a Volvo conseguiu defender a quarta posição do ranking, encerrando 2017 com fatia de 11,5%. O volume foi 6% superior ao registrado no mesmo período de 2016 (5.614 caminhões), ocasião na qual fechou os doze meses com participação de 11,1%.
Logo atrás da Volvo, a conterrânea Scania foi a que apresentou o maior crescimento em vendas das fabricantes veteranas. Em 2017, foram 5.754 unidades, alta de 35,5% sobre as 4.245 vendidas em 2016. O desempenho permitiu à montadora ganhar quase 3 pontos porcentuais do mercado, saltando de 8,4% para 11%.
Ao contrário da Scania, a Iveco, em sexto lugar, registrou um dos piores desempenhos no ano passado. Além de perder participação, de 5,1%, ao fechar 2016, para 3,7%, em 2017, a montadora de Sete Lagoas (MG) registrou uma queda nas vendas de 25,2% em doze meses, 1.924 unidades licenciadas no ano passado contra 2.573 no período anterior.
Embora produza volumes bem menores que as suas concorrentes e atue somente na categoria de pesados, a DAF, em sétimo lugar, cresceu 55,7% em 2017, com 1.048 caminhões vendidos contra 673 em 2016. O desempenho proporcionou à montadora um pequeno ganho de participação no mercado total, de 1,34% para 2%.
A lista do ranking se encerra com a Agrale, que viu suas vendas recuarem 39,9%, de 198 unidades em 2016 para 119, em 2017, e com a International, que com produção suspensa em Canoas (RS) desde 2015, ainda trabalha o estoque. Ano passado negociou 34 unidades contra 73 em 2016, queda de 53,4%.
Ônibus- No ano passado, também o segmento de chassi de ônibus encerrou o período no positivo com 11.755 unidades licenciadas, alta de 5,3% sobre as vendas de 2016, de 11.161.
Também a Mercedes-Benz liderou os negócios, com 6.007 unidades vendidas, o que representou uma queda de 1% na comparação com os doze meses anteriores, quando vendeu 6.068. Embora a montadora tenha a liderança disparada no segmento, fechou o período perdendo 3 pontos de participação, de 54,4% para 51,1%.
Ao contrário da Mercedes-Benz, a MAN viu suas vendas crescerem 21% no ano passado em relação a 2016, para 2.178 unidades. O resultado fez com que a participação da montadora de Resende (RJ) saltasse de 16,1% para 18,6%.
Em terceiro lugar no segmento, a Agrale negociou 1.452 chassis, queda de 7,6% na comparação com as 1.572 unidades vendidas em 2016. O resultado também fez a fabricante perder mercado: tinha 14% chegou ao fim de 2017 com 12,35%
Diferentemente do desempenho obtido em caminhões, a Iveco, na quarta posição, além de registrar crescimento nas vendas, foi uma das que mais ganharam participação no segmento de chassi em 2017. As 1.065 unidades licenciadas anotaram alta de 45,9% sobre as 730 negociadas no período anterior. Com isso, a montadora alcança 9% do mercado ante os 6,5% que tinha.
Também a Scania, em quinto lugar, viu suas vendas de chassi dispararem em 2017. Foram 522 unidades emplacadas contra 293 em 2016, alta de 78,2%. Sua participação no segmento também aumentou, de 2,62% para 4,42%.
Por fim, a Volvo, na lanterna do ranking, foi a empresa que apresentou o pior desempenho em ônibus no ano passado. Os 341 chassis vendidos acusaram acentuada queda de 47% em relação a 2016. Assim, a montadora viu sua participação cair de 5,76% para 2,9%.
Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
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