Por Alzira Rodrigues
O presidente e CEO da Volkswagen do Brasil e Região SAM, Pablo Di Si, aproveitou o lançamento do sedã Virtus, realizado na noite de segunda-feira, 22, no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera, na capital paulista, para destacar os números positivos da marca no Brasil e falar das estratégias da empresa até 2020.
“A maior ofensiva de produtos da história da Volkswagen está apenas no início, mas já começa a apresentar excelentes resultados”, destacou Di Si. Segundo ele, o novo Polo, lançado em novembro, acumulou 10 mil unidades emplacadas só em 2017 e nos primeiros 20 dias de janeiro já se posiciona como o terceiro carro mais vendido do Brasil. “A nova Volkswagen já é uma realidade”, comemorou o CEO da VW, reafirmando intenção da marca de conquistar a vice-liderança do mercado ainda este ano.
Di Si acredita que poderá haver crescimento de 15% nas vendas internas de veículos em 2018, sendo meta da Volkswagen crescer acima da média, com consequentes ganhos de participação. Em 2017 a marca ficou em terceiro lugar, atrás da General Motors e Fiat. O executivo não esconde até mesmo a pretensão da empresa, só que mais para o futuro, de voltar a ocupar a liderança no País, a partir da renovação da linha de produtos iniciada com o Polo e o Virtus.
Serão vinte novos produtos da marca até 2020, dos quais treze produzidos no Brasil, dois na Argentina e cinco importados, Di Si revelou que com os futuros lançamentos a Volkswagen aumentará sua cobertura de mercado de 70% em 2017 para 92% em 2020. “Com isso, vamos conseguir atender a uma faixa ainda mais abrangente de clientes, em segmentos que hoje não competimos”.
O executivo ainda adiantou que não descarta a possibilidade de a quantidade de novos modelos a serem produzidos no Brasil superar os treze programados. “Estamos estudando novos investimentos no Brasil, além dos treze modelos já anunciados.”
Em seu discurso no evento de lançamento do Virtus, Di Si comentou sobre o recém divulgado balanço da Volkswagen no mundo. “Foi o ano de maior sucesso na história da Volkswagen e entre todas as regiões do mundo, a Região SAM, que engloba a América do Sul, Central e o Caribe, foi a que registrou o maior crescimento, de 25%”.
A Volkswagen emplacou 420 mil veículos nos 29 países da Região SAM, sendo que no Brasil a marca cresceu mais do que a média do mercado em vendas e exportações – respectivamente 19% e 52%. “Estou bastante otimista com a tendência de evolução no mercado e nós, como Volkswagen, estamos preparando a nossa maior ofensiva de produtos da história”, reafirmou Di Si.
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O Virtus, claro, está incluindo na estratégia e a companhia já negocia embarques do novo carro para outros continentes. Di Si preferiu não revelar as tratativas em andamento, mas apontou como potenciais novos compradores os mercados da África, Ásia e do Oriente Médio.
Sobre o novo sedã, o executivo destacou que o modelo foi totalmente desenvolvido pelo time do design do Brasil: “É carro inédito em nível global e o Brasil será o primeiro país a comercializá-lo. É o primeiro automóvel na América Latina a usar inteligência artificial para ajudar motoristas, com a introdução do sistema Watson, da IBM”, destacou Di Si.
Para abastecer tanto o mercado interno quantos os externos com os mais recente modelos, a fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) tem capacidade para produzir 90 mil unidade do Polo e outras 80 mil do Virtus por ano.
Fotos: Volkswagen/Divulgação
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