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A volta do Ducato, agora mexicano

Utilitário chega em treze versões com preços na faixa de R$ 108,5 mil a R$ 163,9 mil

Por Alzira Rodrigues

Sem produção local há mais de um ano, o Ducato retorna ao mercado brasileiro em fevereiro, agora importado do México. Com câmbio de seis marchas e motor 2.3 turbodiesel, fabricado no Brasil pela FPT, o modelo chega em treze versões, com preço na faixa de R$ 108,5 mil a R$ 163,9 mil. A mais barata é a versão Chassis, novidade na linha.

Líder em seu segmento por quase uma década, o Ducato chega totalmente renovado, com o mesmo visual do modelo comercializado no mercado norte-americano. Para apresentar a linha 2018 do seu utilitário, a Fiat promoveu evento na quarta-feira, 24, no Learning Lab, Centro de Treinamento Avançado para equipes de vendas e pós-vendas da FCA, localizado em Campinas, SP.

Com produção suspensa em Sete Lagoas, MG, no final de 2016, o Ducato teve vendas em torno de 1 mil unidades no ano passado, fruto de estoque feito pela Fiat antes de a linha ser paralisada. Como era de se esperar, perdeu espaço para as suas principais concorrente, a Renault Master e a Mercedes-Benz Sprinter.

Agora, com o seu relançamento, a Fiat quer recuperar o espaço perdido no período. Segundo o gerente de marketing Ducato, Juliano Machado, a meta é vender cerca de 6 mil unidades este ano, com uma média de 500 por mês. o Master emplacou 6,2 mil unidades no ano passado e o Sprinter, 5,1 mil.

O mercado total desse tipo de utilitários, de acordo com Machado, ficou na faixa de 20 mil unidades no ano passado. A expectativa para este ano é de crescimento. “As vendas de utilitários reagem mais rápido do que as de caminhões. Acreditamos em uma alta de 10% a 15% neste ano”.

A Fiat já fez parceria com duas empresas, a Engesiger e a Greencar, para oferecer opções adaptadas do modelo – escolar, ambulância, base móvel, serviços de pet etc – com garantia de fábrica. “Vamos ampliar isso. Vamos procurar novos parceiros para garantir o máximo de opções com garantia de fábrica para nossos consumidores”, comentou Machado.

Linha ampla – Das treze versões, cinco enquadram-se na categoria Cargo: três furgões de carga e duas ambulâncias. Batizadas de Minibus, há cinco versões de passageiros, incluindo uma com acesso para cadeirante. Tem ainda a linha Muti, ideal para adaptações e disponível em duas versões. Por fim, a grande novidade da Fiat, a versão Chassi, que introduzirá o Ducato no forte segmento de transportes de cargas e implementações diversas.

Segundo a Fiat, o novo Ducato é maior do que o anterior em todas as suas dimensões, oferecendo mais conforto, economia, espaço, qualidade e tecnologia. O utilitário é 16 cm mais longo nas versões com entre-eixos curto, 26 cm maior nas de entre-eixos médio e tem 34,5 cm a mais nos de medida longa. O novo modelo também cresceu na altura – com o teto baixo ganha até 10 cm e com teto alto, 5 cm – e na largura, com 6 cm a mais.

Dentre as novidades da nova linha, destacam-se as portas traseiras com abertura de 270° (de série em todas as versões) e o piso mais baixo (47,4 cm do solo), o que ajuda na acessibilidade ao vão e torna as operações de carga e descarga mais fáceis e seguras. Também é inédita a opção Extra Longa, com 6m35 de comprimento, disponível nas configurações Minibus e Multi.

Durante o lançamento, os dirigentes da Fiat também destacaram outros itens da nova linha, como o maior conforto na cabine, que foi projetada para oferecer melhor visibilidade.

Seu motor, produzido em Sete Lagoas, ganhou 3 cv de potência e 0,5 kgfm de torque, desenvolvendo agora 130 cv a 3.600 rpm e 32,7 kgfm a 1.800 giros. Com a nova transmissão de seis marchas, o veículo ficou mais fácil e agradável de dirigir, consome menos e, consequentemente, tem emissões mais baixas. De acordo com a Fiat, houve 10% de redução no consumo de diesel em relação ao modelo anterior.

Sua suspensão foi adequada às condições brasileiras de piso, o que proporcionou redução de 30% no desgaste dos pneus, com impacto positivo no custo de manutenção do veículo. Além disso, os controles eletrônicos de tração e de estabilidade (ESC) elevam ainda mais a economia nesse sentido, priorizando a segurança ativa.


Fotos: Divulgação/Fiat

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Alzira Rodrigues

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