Fórmula do SUV contempla beleza, conforto, tecnologia e comportamento dinâmico
Por George Guimarães
Quanto custa? Que motor tem? Anda bem? Perguntas como essas foram feitas, coincidentemente, num espaço de três dias, por dois proprietários de Land Rover Evoque, que se assumiram muito impressionados com o visual e estilo do Peugeot 3008.
O SUV é vendido no Brasil desde julho do ano passado, mas segue chamando a atenção por onde passa. Razões não faltam: além do desenho que mereceu seguidos prêmios na Europa desde que foi lançado em 2016, ele ainda é raro nas ruas brasileiras, já que em seus primeiros sete meses de mercado somou somente 1.077 emplacamentos em todo o País.
Não por falta de compradores. Sua visibilidade poderia ser até maior caso a Peugeot daqui conseguisse, num primeiro momento, que a matriz na França exportasse mais do que as 200 unidades mensais acordadas inicialmente e que foram totalmente vendidas.
A própria demanda elevada pelo 3008 na Europa impediu lotes maiores e no fim de 2017 os clientes brasileiros já eram avisados que a espera pela entrega poderia ser de até três meses.
Esse prazo deve encolher com a chegada da versão topo Griffe Pack, apresentada no início de fevereiro e que desembarca nas concessionárias no mês que vem com preço sugerido de R$ 155 mil, exatos R$ 9 mil a mais do que a pioneira Griffe avaliada por Ao Volante.
A Pack se diferencia por agregar mais recursos de segurança e de condução semiautônoma, como controle de velocidade adaptativo, de mudança de faixa, leitor de placas de velocidade ou comutação automática entre farol alto e baixo, dentre outros.
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A nova versão pode responder por 70% do mix de vendas do SUV, calcula a Peugeot, que já tem definido que ao longo de 2018 importará perto de 500 unidades mensais das duas versões. Hoje a montadora diz ainda ter ao menos 500 clientes à espera do 3008.
Alguns deles talvez proprietários de SUVs até bem mais caros e de maior porte, como o próprio Land Rover Evoque. “Minha esposa pretende trocar o nosso pelo 3008”, confidenciou um deles à reportagem durante a abordagem em Paraty (RJ) e que culminou com um pedido para entrar no carro.
A reação do potencial cliente foi de surpresa com desenho do painel, do cockpit, e com qualidade dos acabamentos, acima da média dos produtos da mesma faixa de preço — uma virtude, diga-se, de quase todos modelos fabricados pela PSA, mesmo os nacionais.
No caso do 3008, revestimentos macios no painel e detalhes em metal cromados em vários pontos, além de iluminação indireta até mesmo no contorno do enorme teto solar, criam um ambiente de bem-estar para todos os ocupantes.
Até massagem – Para o motorista e carona, mimos a mais nesse sentido: bancos com extensores para as pernas e massageadores. Basta selecionar um dos diversos modos na enorme tela do sistema multimidia para ter uma relaxante massagem na região lombar, na altura dos ombros ou mesmo em pontos alternados.
O quadro de instrumentos digital é totalmente configurável e só com um toque de botão no volante consegue-se alternar entre três tipos. Um diversão garantida para o motorista mais tecnológico.
Sob o capô o ótimo e mais que conhecido motor 1.6 THP de 165 cavalos, presente em vários outros modelos da própria Peugeot e da Citröen. O câmbio sequencial de 6 marchas — a alavanca de seleção de modo no console central é uma peça de design — casa muito bem com ele e esse conjunto, aliado a uma suspensão surpreendentemente bem acertada, assegura comportamento dinâmico raro para um utilitário esportivo.
Mais que ver, portanto, é preciso dirigir o 3008 para apenas ratificar que a Peugeot acertou por demais a mão!
Fotos: AutoIndústria/Divulgação Peugeot
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