Sensores podem não identificar necessidade de acionamento das bolsas
Por George Guimarães
A Toyota encerrou 2017 como a montadora que teve o maior número de veículos envolvidos em recalls no Brasil. Dos cerca de 1,8 milhão de automóveis e comerciais leves que passaram por verificação e até substituição de componentes e sistemas no ano passado, quase um terço — 573 mil veículos — ostentava o logotipo da fabricante japonesa na grade frontal. Alguns modelos, como o prestigiado Corolla, estiveram envolvidos até em mais de um chamamento.
Pois 2018 mal começou e a Toyota convocou nesta sexta-feira, 19, mais um recall. Desta vez envolvendo três modelos: 8.435 unidades da picape Hilux, 1.537 do utilitário esportivo SW4 e 62 unidades do híbrido Prius.
Alguns sensores dos sistemas de airbags frontais, laterais e de cortina dos três veículos podem não identificar a necessidade de deflagração das bolsas de ar em caso de colisão que reúna as condições para isso. Nesta caso, obviamente, os ocupantes ficarão sem a proteção desses sistemas de segurança suplementares.
“Como implicação da não deflagração do airbag, há o aumento do risco de lesões físicas graves aos ocupantes do veículo”, admite a Toyota em comunicado oficial.
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Os proprietários das Hilux, fabricadas entre 21 de outubro de 2015 e 7 de março de 2016, dos SW4 produzidos entre 4 de dezembro de 2015 e 21 de março de 2016, e dos Prius feitos entre 13 de outubro e 16 de dezembro de 2015 deverão comparecer á rede de concessionáris da marca a partir de 26 de março.
Os técnicos inspecionarão os sensores e, caso necessário, substituirão os defeituosos. A Toyota diz que a troca dos componentes demandará até 7 horas e orienta os consumidores a agendarem previamente a visita aos revendedores.
Além da campanha para os três modelos com a marca Toyota, a montadora também anunciou que 181 unidades do Lexus NX 200t, produzidas entre junho e outubro de 2015, têm o mesmo potencial defeito nos air bags e deverão passar por inspeção técnica, também a partir de 26 de março, nas redes autorizads Lexus ou Toyota.
Com mais esses dois anúncios, já são mais de 120 mil veículos de oito marcas convocados para reparos nos primeiros 40 dias de 2018. A quase totalidade, em decorrência de problemas com air bags da fornecedora Takata, que vem causando transtornos mundiais para os fabricantes de veículos há alguns anos e é responsável pelo maior recall mundial da história
A Honda, por enquanto, está à frente desse indesejável ranking, com mais de 89,5 mil Fit e City envolvidos. A exemplo do que ocorre com 13,4 mil unidades dos Fiat Uno, Palio e Grand Siena, os airbags dos modelos da Honda podem, quando acionados, lançar contra os ocupantes fragmentos metálicos da carcaça do deflagrador.
Fotos: Divulgação/ Toyota
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