Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
Após três anos de queda, “o desempenho positivo registrado em 2017 e as boas perspectivas que se colocam para este ano denotam importante alívio para o setor”. Assim se expressa o Sindipeças em seu relatório da pesquisa conjuntural de dezembro, que contempla o balanço do ano passado e, entre outros dados, destaca o crescimento de 33,1% na vendas de autopeças para as montadoras em 2017.
Os negócios realizados diretamente com a indústria automobilística – que em 2017 ampliou em 25,2% sua produção – representaram 60% da receita das autopeças brasileiras no ano passado.
As vendas para as montadoras foram as que mais cresceram, mas todos os segmentos contemplados pelas autopeças tiveram alta em maior ou menor índice em 2017, o que gerou um crescimento da receita líquida total do setor de 22,1%.
As transações relativas ao mercado de reposição, por exemplo, registraram variação positiva de 9,3%, com queda de dois pontos percentuais de participação do segmento, agora na faixa de 16%.
Em toda a série histórica, segundo o Sindipeças, é normal a fatia do aftermarket na receita do setor oscilar em período de recuperação da economia: “A perspectiva é de que a reposição continuará a perder participação para as montadoras no decorrer deste ano. As vendas continuarão em alta, mas em taxas decrescentes”.
As vendas intrassetoriais cresceram 20% no acumulado do ano, enquanto as exportações, valoradas em dólar, exibiram desempenho acima das expectativas iniciais do setor. Houve crescimento de 12,9%, quase o dobro dos 6,9% que o Sindipeças havia sido projetado no começo do ano.
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Com relação ao balanço específico de dezembro, houve queda de 20,5% na receita em relação a novembro, o que elevou a ociosidade no setor, que era de 32% em novembro, para 37% no último mês de 2017. O mesmo fenômeno, segundo o Sindipeças, foi verificado nos anos anteriores: “É esperado que a ociosidade diminuirá em janeiro e deverá voltar ao padrão de antes”, explica a entidade em seu relatório.
Por fim, o Sindipeças ressalta que os empregos no setor continuaram em expansão, fechando 2017 com alta de 5,4% em relação a dezembro de 2016. A recuperação dos postos de trabalho, segundo a entidade, vem ocorrendo gradativamente e tende a se intensificar no decorrer do ano, embora só deva se aproximar dos maiores níveis históricos de 2010 (224,6 mil) e 2011 (229,7 mil) em cinco ou seis anos.
Foto: Divulgação/Meritor
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