Grupo chinês pretende liderar desenvolvimento e produção mundial de veículos elétricos
Por Redação|autoindustria@autoindustria.com.br
O apetite dos chineses sobre a indústria automobilística mundial parece que não terá fim tão cedo. Ao contrário, é crescente. Já donos de algumas marcas e empresas ocidentais para lá de tradicionais, eles seguem supreendendo o mundo com manobras e aquisições consideradas inimagináveis há apenas uma década.
Para quem ainda não o conhece ou não sabe, o gigantesco conglomerado chinês já é dono da Volvo Cars desde 2010, da lendária Lotus e da histórica London Táxi Company, empresa conhecida pelos tradicionais táxis pretos da capital inglesa, e criadora da Link&Co, marca de veículos altamentamente conectada ocm o universo digital. Há apenas três meses, também, revelou a aquisição de 8,2% do capital e 15,6% dos direitos de voto na Volvo AB, a divisão de caminhões do grupo sueco.
Em contrapartida, a Daimler, em parceria com a também chinesa BAIC, deve investir cerca de US$ 1,9 bilhão em modernização da fábrica e produção de novos modelos da Mercedes-Benz na China. Daimler e BAIC pretendem produzir também veículos elétricos na unidade industrial conjunta.
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O governo chinês, vale lembrar, pretende fazer do país o maior fabricante mundial de carros elétricos e tem incentivado sistematicamente o desenvolvimento e produção locais de componentes, sistemas e tecnologias para chegar lá.
O presidente da Geely, Li Shufu, não esconde que a participação na Daimler objetiva fazer da empresa chinesa “a maior provedora de mobilidade elétrica mundial” e, ao mesmo tempo, se defender de empresas ocidentais que poderiam representar riscos nessa trajetória.
No Brasil — Os carros da Geely são quase desconhecidos dos brasileiros. Quase, porque algumas poucas unidades dos modelos GC2 e EC7 foram vendidas aqui pelo emprésario José Luiz Gandini, importador oficial também da Kia. Foram negociadas cerca 1 mil unidades em pouco mais de dois de vendas, interrompidas em 2016.
Segundo Gandini, dólar valorizado e, principalmente, a sobretaxa imposta pelo Inovar-Auto foram determinantes para o fim dos embarques para o Brasil. O executivo, entretanto, disse recentemente que pode estudar o retorno das importações.
Fotos: Divulgação/Daimler
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