Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br
Apesar de no Brasil ainda operar com prejuízo, o Grupo PSA registrou em 2017 o terceiro ano consecutivo de lucro na América Latina. Pelo plano Push to Pass, que estabelece metas mundiais até 2021, as operações brasileiras devem sair do vermelho em 2019. Mas pode haver boas notícias ainda este ano, segundo o vice-presidente financeiro para a América Latina, Gustavo Zoloaga:
“Pode ser que na divulgação do balanço de 2018, daqui um ano, estejamos falando de resultado positivo no Brasil, antecipando assim a meta prevista para 2019”, comentou o executivo, informando ainda que em 2016 o prejuízo aqui foi de R$ 200 milhões e em 2017 as operações brasileiras estiveram perto do equilíbrio.
Zoloaga atendeu a imprensa brasileira na quinta-feira, 1, logo após o presidente mundial do Grupo PSA, Carlos Tavares, divulgar o balanço financeiro global de 2017.
O grupo registrou números recordes de faturamento, volume de vendas, resultado operacional corrente e lucro líquido, fruto, segundo seus executivos, do sucesso do plano Push to Pass e dos primeiros resultados positivos do plano de recuperação PACE!, que objetiva reerguer a Opel Vauxhall (OV).
A PSA não detalha lucro por região, mas comemora o terceiro ano de operações no azul na América Latina, como destacou o vice-presidente financeiro para a região. O bom desempenho, segundo Zoloaga, deve-se à valorização das marcas, reestruturação das redes e redução dos custos fixos e de fabricação.
A empresa detém 12,2% de participação na Argentina, 6,9% no Chile, 2,3% no Brasil e 0,6% no México. Sua produção na fábrica de Porto Real, RJ, ficou próxima de 100 mil veículos em 2017, com a exportação de mais de 45 mil unidades para países da região.
O vice-presidente financeiro aposta em alta de 4% nas vendas da América Latina este ano, com o Brasil sendo o principal responsável por esse crescimento. “Acreditamos que o mercado brasileiro crescerá 10% e nossas marcas devem acompanhar esse índice. Temos lançamentos importantes em 2018, dentre os quais o novo C4 Lounge, que chega em breve ao mercado, o 5008, Jumper, Boxer e Berlingo.
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Sobre o crescimento programado para este ano, Zoloaga diz que a empresa vem tendo boa receptividade dos fornecedores. “A gente se preocupa e acompanha tudo de perto. Mas temos mantido parcerias muito próximas, antecipando a programação da produção, novos projetos e novas tecnologias. E quando o fornecedor nos faz alguma proposta, do tipo utilizar na peça um material diferente do usado na Europa, nós encaminhamos o pleito e buscamos um consenso”.
No mundo – As vendas do Grupo PSA cresceram 15,4%, com um total de 3,63 milhões de veículos, e o faturamento ampliou-se em 20,7%, totalizando € 65,2 bilhões de euros. Houve aumento de 11,5% do lucro líquido e o fluxo de caixa livre operacional ficou em € 1,56 bilhão.
O faturamento da divisão Automotiva Peugeot Citroën DS, PCD, totalizou € 40,73 bilhões, um aumento de 9,9% em relação a 2016. O faturamento da Divisão Automotiva da Opel Vauxhall, OV, atingiu € 7,24 bilhões.
Apesar de ainda não ter dado lucro, a divisão Opel não prejudicou o resultado final do grupo. A margem operacional corrente do grupo, excluindo a OV, foi de 7,1% versus 6% em 2016. Incluindo a OV, ficou em 6,1%.
Fotos: Divulgação/PSA
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