Presidente da Abeifa diz que o momento é de reorganização e expansão gradual das redes
Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br
Livre da penalidade dos 30 pontos adicionais de IPI, assim como do sistema de cotas imposto pelo Inovar-Auto, o segmento de veículos importados reage positivamente neste início de ano.
As vendas no bimestre das dezessete marcas filiadas à Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, atingiram 5.002 unidades, resultado 37,8% superior ao registrado nos primeiros dois meses do ano passado e um índice similar ao que entidade projeta de alta para o ano.
Em fevereiro, com 2.577 emplacamentos, houve crescimento de 6,3% sobre janeiro (2.425 unidades) e de 52,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o segmento vendeu 1.686 veículos.
Diante dos números positivos deste início de ano, o presidente da Abeifa, José Luiz Gandini, diz que agora é o momento de o setor de veículos importados reorganizar a sua rede de distribuidores, “com muito treinamento das equipes comerciais e de pós-vendas”. Para Gandini, será um ano de expansão da rede, mas não de explosão das vendas.
Tanto é que a entidade mantém a meta de os importadores associados à Abeifa venderem 40 mil unidades em 2018, um número que representará crescimento de quase 38% em relação aos 29 mil emplacamentos de 2017, mas bem distante do recorde de 199 mil veículos de 2011, antes do Inovar-Auto.
Apesar de agora ter isonomia tributária, os importadores dificilmente conseguirão trazer para o Brasil carros de alto volume, os chamados carros mais populares. “A indústria local tem hoje ofertas muito competitivas e atualizadas”, comenta Gandini, que acaba de ser reeleito presidente da Abeifa por dois anos, até março de 2020.
Na sua avaliação, com o dólar no patamar de R$ 3,25 e o imposto de importação de 35%, a mais alta alíquota permitida pela OMC, restará aos importadores atuarem em nichos de mercado.
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“O preço dos automóveis subiu, na média, 21% de 2011 a 2017, enquanto o dólar elevou-se em 95% no período. Por isso, mesmo diante de um bom início de ano, vamos manter nossa meta de 40 mil unidades para 2018”.
Ao divulgar o balanço de fevereiro na quarta-feira, 7, Gandini destacou que o total de 2.577 unidades importadas pelos associados da Abeifa significou uma participação de apenas 1,69% do mercado interno, que emplacou 151.690 automóveis e comerciais.
No total de veículos importados, que chegou a 18 mil unidades em fevereiro, a participação dos afiliados à Abeifa é de 14,31%.
Foto: Divulgação/Abeifa
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