Resultado é atribuído ao avanço na produção das montadoras, às exportações e ao aquecimento do mercado de caminhões
Por Redação
Após contabilizar dois anos de prejuízos, a fabricante de implementos rodoviários, vagões e autopeças, de Caxias do Sul (RS), registrou lucro líquido de R$ 46,7 milhões no exercício de 2017, revertendo prejuízo de R$ 67,2 milhões anotados em 2016.
De acordo com a empresa, em comunicado divulgado na quarta-feira, 14 de março, a companhia considera uma recuperação moderada, depois de vencer prolongado período de crise, com quedas sucessivas na produção, mas com importantes resultados consolidados.
A receita líquida avançou 11,9% na comparação com o exercício de 2016, para R$ 2,94 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), alcançou R$ 308,2 milhões, valor duas vezes acima dos R$ 142,7 milhões anotados em 2016.
O resultado apresentado, embora ainda distante de anos anteriores, traz confiança de que as decisões tomadas promoveram mudanças assertivas e que tendem a ser ampliadas nos próximos exercícios.
“Há esperança, mesmo que cautelosa, de que o País volte a crescer após quase três anos praticamente estagnado”, observa em nota David Abramo Randon, diretor-presidente das Empresas Randon. “Avizinha-se, de maneira mais nítida, uma recuperação, ainda que moderada, para devolver maior dignidade aos brasileiros e a suas famílias.”
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A participação que coube a cada unidade de negócio das empresas no resultado, a divisão montadoras respondeu por 43,4% da receita líquida, com R$ 1,3 bilhão. Depois, os negócios de autopeças somaram R$ 1,5 bilhão, 51,5% da receita, especialmente pelo desempenho da Fras-le. Já os serviços financeiros (Banco Randon e Consórcio Randon), participaram com 5,1%.
Em 2017, as vendas consolidadas das empresas para o exterior totalizaram US$ 155,4 milhões, valor 2,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2016. Do total, Mercosul e Chile representaram 46,3% das exportações e o NAFTA 32,6%.
Em 2017, as unidades no exterior faturaram US$ 84,3 milhões, contra US$ 72,8 milhões em 2016, eliminando as receitas entre empresas.
Sucessão
O Conselho de Administração da Randon elegeu Alexandre Randon para ocupar o cargo de presidente, sucedendo a Raul Anselmo Randon, falecido em 3 de março último. O executivo acumula o cargo de vice-presidente de maneira interina até abril de 2019, quando um novo Conselho será eleito.
Para a posição de vice-presidente, a família acionista controladora optou por buscar um profissional externo, que será submetido ao Conselho de Administração e anunciado tão logo seja eleito.
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