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O ano do SUV também no mercado de usados

Por Joel Leite

 

Quase todas as montadoras e importadoras estão investindo no segmento de utilitários esportivos, explorando uma procura cada vez maior do consumidor Essa animação tem razão de ser: ocorre graças ao formidável desempenho desse segmento no mercado brasileiro.

De cada dez carros vendidos no Brasil, dois são utilitários esportivos, trata-se portanto de um mercado pra lá de atraente. Só no ano passado foram 415 mil unidades. Foi o segmento que mais cresceu: aumento de 37% em 2017.

No setor de importados o comportamento é o mesmo: nada menos do que treze dos quinze modelos trazidos de fora mais vendidos são utilitários esportivos.E essa tendência atinge o mercado de usados. Afinal, o consumidor de novos e usados é o mesmo no que se refere a desejo de compra.

A diferença pode ser a limitação financeira ou mesmo a opção pelo usado: assim como há clientes ávidos por serem os primeiros a comprar a novidade que surge no mercado, há aqueles que preferem observar o lançamento por algum tempo e comprar  um ou dois anos depois o seminovo, já depreciado, portanto a um custo bem menor.

Além disso, essa explosão de novidades no setor de SUVs começa a colocar no mercado secundário uma infinidade de opções para o comprador. Soma-se a isso a tendência de troca mais rápida do novo, com a avalanche de novidades que surgem a cada dia.

Assim, é de se supor que vai crescer ainda mais a procura por SUVs usados e seus assemelhados este ano, seguindo a tendência do mercado de novos que se expande no Brasil e no mundo.

Atendimento antes de marca

Estudo feito pela J.D. Power para saber o que leva o consumidor brasileiro a comprar um carro é um alento ao comerciante de carros usados. As razões de compra, claro, são muitas e variadas, mas a consultoria destacou duas  que merecem ser analisadas:

– A disponibilidade do veículo na configuração desejada;

– O bom tratamento oferecido ao cliente.

A primeira razão (a disponibilidade), se atendida, produz uma lealdade de 50% dos clientes, quer dizer: com certeza o cliente vai comprar a mesma marca novamente. Isso é objeto da montadora.

Mas o segundo item, “o bom tratamento ao cliente”, garante fidelidade de 47%. Aqui sim o mercado de usados pode ser beneficiado.

Independentemente da marca e modelo vendido hoje, o comprador pode voltar no ano que vem, na troca por um mais novo, ou mesmo antes, na compra de outro carro para a família, desde que ele se encante com o atendimento que o lojista proporcionar.

* Joel Leite é jornalista, palestrante e criador da Agência AutoInforme, agência especializada no setor automotivo

 

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George Guimarães

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