Indústria

Caoa aguarda Rota 2030 para definir investimentos

Empresa premiou seus melhores fornecedores, anunciando compras conjuntas com a Chery a partir de agora

Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br

Com conteúdo local hoje na faixa de 32%, o Grupo Caoa aguarda o programa Rota 2030 para definir novos investimentos na área produtiva e também na nacionalização de novas peças para os seus produtos Hyundai e Chery. Após premiar seus melhores fornecedores na noite da quarta-feira, 18, a Caoa informou que unificará a área de compras para as duas marcas a partir de agora.

Ivan Witt

“Agradecemos o suporte que nossos fornecedores nos deram e daremos preferência aos que já temos no processo de desenvolvimento de novas peças”, comentou Ivan Witt, diretor executivo de serviços compartilhados (Gente & Gestão, Compras e TI) da Caoa. “Mas também estamos abertos para novos fornecedores”.

Durante a solenidade de premiação, o diretor da Caoa convidou todos os presentes a voltarem o foco agora para a Chery, que tem produtos com índice de nacionalização inferior ao dos modelos Hyundai produzidos pela Caoa aqui. No caso do recém-lançado Tiggo 2, por exemplo, esse índice é de apenas 15%.

Leia mais

Tiggo 2, o primeiro lançamento da Caoa Chery

Em entrevista a um grupo de jornalistas, Witt destacou que a previsibilidade é fundamental para a empresa definir novos investimentos, por isso a expectativa atual em relação ao Rota 2030: “Ferramentais e maquinários em geral são muito caros, por isso temos de ter muito cuidado em nossas decisões”. Segundo o diretor, a Caoa trabalhou muito para atingir as metas do Inovar-Auto. “Passamos a fazer estampados, por exemplo, e é frustrante ver que o programa acabou sem que haja uma nova política para o setor”.

Leia mais

Axalta é eleita a melhor fornecedora da Caoa Montadora

Volume ampliado – Com a nova operação Chery em Jacareí, SP, o volume de compras do Grupo Caoa será ampliado em pelo menos 30%. Das compras diretas, atualmente, a Hyundai responde por 71% e a Chery por 29%. No mix total, 32% são conteúdo local e 68% itens importados.

No caso das compras indiretas, as concessionárias do grupo – 170 ao todo – são as que têm maior volume de aquisições, com 49% de participação. Do restante, 41% são compras feitas para a fábrica da Caoa Hyundai em Anápolis, GO, e 10% para a unidade da Caoa Chery em Jacareí, SP.

Witt explicou que devido aos altos volumes de produção na China e na Coreia das marcas que o grupo representa, fica mais em conta importar alguns componentes do que produzir por aqui. De qualquer forma o índice de conteúdo local vem num crescendo – passou de 6% em 2014 para os atuais 32%. Eram 32 fornecedores e hoje são 92.

Entre os itens que o grupo compra internamente o executivo destacou os pneus, rodas e bancos. “Temos alguns fornecedores dentro do nosso condomínio em Anápolis, caso da Doowon, fornecedora de ar-condicionado”, comentou o diretor.


Fotos: Divulgação/Caoa

 

 

 

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás