Saldo negativo de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre reflete mais compras no exterior devido ao aquecimento do mercado interno
Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
A balança comercial da indústria de autopeças no primeiro trimestre deste ano registrou resultado negativo de US$ 1,6 bilhão, superando em 4,2% o déficit acumulado no mesmo período de 2017, que foi de US$ 1,53 bilhão.
O crescimento da indústria automotiva brasileira é apontado pelo Sindipeças como o responsável por esse crescimento, que reflete maior volume de compras das montadoras brasileiras no exterior a partir da expansão das vendas de veículos no mercado interno neste início de ano. As exportações vinham crescendo mais do que as importações até fevereiro, movimento que inverteu-se a partir de março.
Segundo o relatório da balança comercial do Sindipeças, entre maio de 2017 e fevereiro passado o déficit comercial do setor teve expansão de apenas 1,5% frente aos doze meses imediatamente anteriores, porque as exportações vinham num ritmo de alta superior ao das importações. Já no mês de março o volume de aquisições de autopeças no exterior avançou 10,9% em comparação ao mesmo mês do ano passado, enquanto as vendas para fora do país cresceram apenas 6%.
As exportações atingiram total de US$ 679,4 milhões em março, enquanto as importações somaram US$ 1 bilhão 252 milhões. O saldo comercial ficou negativo em US$ 573,3 milhões no mês, implicando em uma expansão do déficit de 17,3% frente a igual mês de 2017.
O balanço trimestral indica que as exportações atingiram US$ 1,9 bilhão este ano, com crescimento de 20,6% sobre a receita de US$ 1,57 bilhão dos primeiros três meses do ano passado. As importações, no entanto, chegaram a US$ 3,5 bilhões, alta de 12,6% no mesmo comparativo.
Os resultados do primeiro trimestre e a percepção sobre a atividade do setor no decorrer do início do ano reforçam as projeções do Sindipeças de que as exportações atingirão US$ 8,3 bilhões em 2018, com incremento anual de 11,5%, e as importações, US$ 14,5 bilhões, superando em 14,1% as compras feitas no exterior em 2017.
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