Aprimoramentos na família de chassis O 500 focaram redução no custo operacional no transporte de passageiros
Por Décio Costa | decio@autoindustria.com.br
A Mercedes-Benz introduziu novas soluções da engenharia em sua linha de chassi rodoviário com o objetivo de garantir ao transportador do segmento menores custos operacionais, especialmente no que diz respeito à redução do consumo de combustível. Com o chamado pacote Fuel Efficiency, a fabricante garante economia de 2% a 8%, a depender das condições da operação e da configuração do veículo.
De acordo com Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz, adianta que a família de chassis rodoviários já tinha recebido 16 itens tecnológicos para entregar mais segurança e conforto, agora o foco chegou aos custos.
“Nas operações rodoviárias, nas quais os ônibus rodam de 15 mil a 20 mil quilômetros por mês, o combustível chega a representar de 25% a 30% na planilha de gastos do operador. Proporcionar um equipamento mais econômico reforça nosso compromisso com o segmento.”
O Fuel Efficiency é resultado de trabalho de engenharia e teste em rotas reais com a Cometa. O pacote, disponível para os chassis O 500 RS (4×2), O 500 RSD (6×2) O 500 RSDD (8×2), começa com uma nova programação na caixa automatiza de 8 velocidade GO240 para aproveitar melhor o torque do motor e, assim, permitir menos trocas de marchas.
Depois, a montadora elevou a eficiência do compressor de ar do motor capaz de aliviar a potência de trabalho do dispositivo, fazendo com que possa trabalha com uma temperatura mais baixa, além de gerar manos ruído. “Na prática, quando o sistema de ar está totalmente carregado, o sistema reduz a carga do motor e, consequentemente, o consumo de combustível”, ilustra Barbosa.
Os chassis também ganharam o chamado Visctronic, sistema de gerenciamento eletrônico do ventilador do radiador. O aprimoramento forneceu inteligência ao dispositivo, promovendo controle de velocidade variável conforme a temperatura, o que permite que o ventilador trabalhe na rotação máximo somente quando necessário. “Ao precisar menos potência do motor por mais tempo, menos combustível é consumido”, resume o diretor.
Por fim, o motor OM 457 de 306 cv, oferecido nos chassis RS e RSD, foi recalibrado para dispor de mais torque, saltando de 163,1 kgfm para 188,6 kgfm a 1.100 rpm. Para as viagens, garantia de manter velocidade média elevada e mais capacidade para enfrentar as subidas sem tanta exigência do acelerador e do câmbio.
O pacote de atualização ainda introduziu sistema de desligamento automático do motor quando o veículo se encontra parado, em ponto morto, com freio de estacionamento acionado por mais de 4 minutos, situação frequente nas garagens e rodoviárias.
Leia mais
→Mercedes-Benz comemora 500 ônibus vendidos em janeiro
→Mercedes-Benz começa o ano com o pé no acelerador
Mercado – Para o diretor de vendas da fabricante, o segmento de ônibus rodoviário é o que mais deverá demandar veículos em 2018. Necessidade de renovação e a obrigatoriedade de elevadores para pessoas com dificuldade de locomoção em veículos do segmento, em vigor a partir de 31 de julho, são alguns dos impulsionadores.
Pelas contas do executivo, somente no primeiro quadrimestre do ano, o mercado de ônibus rodoviário cresceu 181% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 338 unidades. A estimativa de Barbosa é de que até o fim do ano, o segmento absorva 1.600 chassis.
Para o mercado total de ônibus, o diretor projeta um crescimento de 18% a 22%, volume em torno de 14.000 ônibus. “Aquele mercado do passado recente, de 26 mil a 30 mil foi impulsionado por mecanismo como o PSI. Não mais razoável pensar nele ( patamar de mercado) hoje em dia.”
Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…
Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa
É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…
Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km
Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027