Presidente da montadora garante não haver intenção de demitir 300 mensalistas
Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
Sem avanços na negociação quanto ao valor da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, e no índice de reajuste salarial, os trabalhadores da Mercedes-Benz decidiram na terça-feira, 15, manter a greve iniciada um dia antes na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Em evento realizado pela empresa em Iracemápolis, SP, também na terça-feira, 15, o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Phillip Schiemer, não quis entrar em detalhes sobre o movimento, mas disse ter estranhado a deflagração da greve em São Bernardo: “Fiquei surpreso porque ainda está acontecendo uma negociação”, comentou.
O executivo aproveitou para negar intenção da empresa de demitir 300 mensalistas, conforme divulgado na véspera pelo sindicato dos trabalhadores. Na tarde da segunda-feira, 14, teve reunião entre representantes da entidade e da montadora, porém não houve acertos em relação aos pontos pendentes do acordo coletivo em discussão.
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“A montadora não aceita incorporar o reajuste aos salários”, comentou o secretário-geral do sindicato e trabalhador na Mercedes-Benz, Aroaldo Oliveira. “Também queremos rediscutir a forma de cálculo da PLR, para que se leve em conta a exportação dos itens agregados, como motor, câmbio e eixos”.
Além do aumento salarial e da participação nos lucros, também estão em debate cláusulas sociais, como a manutenção da estabilidade ao trabalhador acidentado e a complementação salarial por até 120 dias de afastamento.
O Sindicato defende a manutenção destes pontos e a inclusão de uma cláusula de salvaguarda contra a reforma trabalhista, garantindo que qualquer alteração prevista na nova legislação só possa ser implantada após negociação com a entidade.
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Na assembleia, os trabalhadores manifestaram a disposição de manter a fábrica parada por tempo indeterminado, até que a empresa apresente uma proposta que contemple as principais reivindicações da categoria. A Mercedes-Benz tem atualmente 8 mil trabalhadores na planta de São Bernardo.
Foto: Divulgação/SMABC/Edu Guimarães
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