Empresa

Segundo dia de greve na Mercedes-Benz

Presidente da montadora garante não haver intenção de demitir 300 mensalistas

Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br

Sem avanços na negociação quanto ao valor da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, e no índice de reajuste salarial, os trabalhadores da Mercedes-Benz decidiram na terça-feira, 15, manter a greve iniciada um dia antes na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Em evento realizado pela empresa em Iracemápolis, SP, também na terça-feira, 15, o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Phillip Schiemer, não quis entrar em detalhes sobre o movimento, mas disse ter estranhado a deflagração da greve em São Bernardo: “Fiquei surpreso porque ainda está acontecendo uma negociação”, comentou.

O executivo aproveitou para negar intenção da empresa de demitir 300 mensalistas, conforme divulgado na véspera pelo sindicato dos trabalhadores. Na tarde da segunda-feira, 14, teve reunião entre representantes da entidade e da montadora, porém não houve acertos em relação aos pontos pendentes do acordo coletivo em discussão.

Leia mais

Greve na Mercedes-Benz por uma PLR maior

Mercedes-Benz cresce 95% em ônibus

“A montadora não aceita incorporar o reajuste aos salários”, comentou o secretário-geral do sindicato e trabalhador na Mercedes-Benz, Aroaldo Oliveira. “Também queremos rediscutir a forma de cálculo da PLR, para que se leve em conta a exportação dos itens agregados, como motor, câmbio e eixos”.

Além do aumento salarial e da participação nos lucros, também estão em debate cláusulas sociais, como a manutenção da estabilidade ao trabalhador acidentado e a complementação salarial por até 120 dias de afastamento.

O Sindicato defende a manutenção destes pontos e a inclusão de uma cláusula de salvaguarda contra a reforma trabalhista, garantindo que qualquer alteração prevista na nova legislação só possa ser implantada após negociação com a entidade.

Leia mais

Mercedes-Benz reconhece fornecedores em clima de otimismo

Na assembleia, os trabalhadores manifestaram a disposição de manter a fábrica parada por tempo indeterminado, até que a empresa apresente uma proposta que contemple as principais reivindicações da categoria. A Mercedes-Benz tem atualmente 8 mil trabalhadores na planta de São Bernardo.


Foto: Divulgação/SMABC/Edu Guimarães

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Brasileiros já compraram 2 milhões de veículos leves em 2024

Com 249,4 mil unidades, outubro tem o melhor resultado mensal do ano

% dias atrás

Alckmin recebe CEO global da Honda

Em debate, os benefícios do Mover e a manutenção dos direitos constitucionais da Zona Franca…

% dias atrás

Começa na segunda a maior feira de transporte da América Latina

AutoIndústria mostra na próxima semana tudo o que vai acontecer na Fenatran

% dias atrás

Honda mexe bem pouco na família City 2025

Sedã e hatch ganham mais no conteúdo do que na forma

% dias atrás

Picape que vende mais que carro no Brasil atinge 2 milhões de unidades

Lançada em 1998, Strada segue líder em emplacamentos este ano

% dias atrás

XCMG lançará na Fenatran caminhão leve elétrico

Modelo E3-10T coloca a marca chinesa na disputa do mercado de entregas urbanas no País

% dias atrás