Decisão é vista como uma medida de corte de custos, mas também como tendência em geral do setor automotivo
Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
A marca Volkswagen não levará para o tradicional Salão Internacional de Paris, de 4 a 18 de outubro, suas mais recentes novidades. Segundo informações da Reuters, o maior grupo automotivo da Europa está reduzindo participações em eventos do gênero, o que inclui Detroit e Frankfurt, desde a revelação do que ficou conhecido como Dieselgate.
Fontes próximas a Reuters dizem que a decisão é uma maneira de reduzir os custos da empresa diante das indenizações bilionários com as quais a montadora está tendo de arcar pelo impacto do escândalo das emissões de seus motores diesel.
Jean-Claude Girot, responsável pela organização da mostra de Paris, disse à Reuters que a ausência da Volkswagen é pontual e que a marca alemã estará de volta na próxima exposição, em 2020. “Esta é uma decisão única, em vez de uma perda de interesse permanente por parte da Volkswagen. Quando uma marca decide não reservar um estande, geralmente é para reduzir os custos.”
Em nota, porém, a montadora comunicou na quinta-feira, 17, que a volta ou não para Paris em 2020, “será avaliada no devido tempo”, mas que está “continuamente revisando sai participação em exposições de automóveis internacionais” e sugere que em vez de ter estande no Expo Porte de Versailles, poderia preparar “várias atividades de comunicação” na capital francesa, incluindo test drives.
Leia mais
→Grupo Volkswagen bate recorde de vendas
→A invasão elétrica do Grupo Volkswagen
→Herbert Diess, o novo presidente do Conselho VW
O fato de a Volkswagen estar de fora do Salão de Paris, no entanto, parece refletir uma tendência da indústria automotiva. Desde 2000, as exposições de automóveis registram queda no número de visitantes, o que força os fabricantes a repensar em como gastam seus orçamentos.
Ford, Opel, Mazda, Nissan, Infiniti e Volvo Cars são outras marcas que decidiram estar de fora o evento francês, de acordo com o organizador. Girot ainda revelou à Reuters que a duração do Salão de Paris foi reduzida depois que muito expositores solicitaram um evento mais curto para que pudessem ter mais controle nos gastos.
Dentre as razões para a redução das feiras de automóveis está o surgimento como o Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, Estados Unidos, e o Mobile Congress, de Barcelona, Espanha, vitrines de tecnologias para as quais as fabricantes começam a prestar mais atenção, especialmente em função da conectividade e dos carros autônomos.
Um porta-voz das operações da Volkswagen na França, pelo menos, disse que outras marcas do grupo, como Audi, Porsche, Skoda e Seat, devem participar do evento de Paris.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Com 249,4 mil unidades, outubro tem o melhor resultado mensal do ano
Em debate, os benefícios do Mover e a manutenção dos direitos constitucionais da Zona Franca…
AutoIndústria mostra na próxima semana tudo o que vai acontecer na Fenatran
Sedã e hatch ganham mais no conteúdo do que na forma
Lançada em 1998, Strada segue líder em emplacamentos este ano
Modelo E3-10T coloca a marca chinesa na disputa do mercado de entregas urbanas no País