Sexta geração do câmbio I-Shift traz softwares específicos para melhor atuar nos segmentos fora de estrada
Por Décio Costa | decio@autoindustria.com.br
A demanda pelos chamados caminhões vocacionais tem crescido com os sinais de reaquecimento da economia do País. Impulsionadas principalmente por atividades como a canavieira, de mineração, madeireira e da construção, as vendas no primeiro trimestre para atender as aplicações fora de estrada representaram 16,5% do mercado total de caminhões, de 20.697 unidades, crescimento de participação perto de 2 pontos percentuais em relação ano passado.
A Volvo não pretende ficar de fora do movimento ascendente e preparou um arsenal de soluções com foco em produtividade e rentabilidade operacional. Dentre os destaques, a linha F, representados pelos modelos FH e FMX, ganharam no trem de força a sexta geração do câmbio automatizado I-Shift.
Em versões de 13 e 14 marchas – a primeira com uma marcha reduzida, e a segunda, com duas -, o equipamento proporciona mais “inteligência” às operações. Isso porque a caixa permite programação para cada tipo de aplicação do off-road.
“O software se adequa à dinâmica da operação e passou a entender as características do solo”, conta Joseniel Valério, gerente comercial de caminhões vocacionais Volvo. “Operações nas minas exigem mais viagens e trocas de marchas mais rápidas do que o segmento florestal, por exemplo, que muitas vezes, tem rodovias para percorrer pela frente.”
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Especialmente para as aplicações canavieira e florestal, a Volvo entende que os atores do segmento esperam contar com veículos leves, que privilegiam a carga líquida, robustez, além de disponibilidade do caminhão. Para eles, a linha F entrega modelos 6×4 com motores de até 540 cv dotados de injeção de combustível que se ajustam conforme a carga e a topografia, freio motor que gera potência de 510 cv e capacidade máxima de tração (CMT) de até 250.000 kg.
Para mineração e construção, segmentos nos quais resistência, disponibilidade do caminhão, potência e capacidade de carga falam mais alto, a Volvo atende com a gama F veículos configurados como 4×4, 6×4, 6×6 e 8×4. Redução nos cubos de três ou quatro planetárias, além de bloqueio no diferencial entre os eixos e entre as rodas também faz parte do pacote.
A fabricante ainda oferece a linha VM, na versão 32 toneladas para atuar nos segmentos off-road. Em configurações 6×2, 6×4 e 8×4 e motor de 330 cv, os caminhões saem de fábrica com kits de reforço, CMT de 63.000 kg e câmbio I-Shift de 10 marchas da geração anterior. “Sobra desempenho da caixa no VM. Não justificaria aumentar o custo do caminhão”, diz Valério para esclarecer a ausência da nova caixa na gama dos semipesados.
No portfólio dos VM ainda, a Volvo destaca a versão autônoma do modelo, desenvolvida especialmente para o transbordo da cana-de-açúcar. “Estamos em fase final do projeto para iniciar oferta ao mercado canavieiro”, garante o engenheiro.
Fotos: Volvo Caminhões/Divulgação
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