Quando você cruzar pelas ruas, avenidas e estradas de São Paulo com uma moça de curtos cabelos pretos, bem pretos, sobrancelhas bem delineadas, vários anéis nos dedos, a bordo de um Toyota Prius, saiba que ela é uma das maiores batalhadoras contra o câncer de mama, doença que atinge, em média 58 mil mulheres por ano no Brasil, segundo números do Inca, Instituto Nacional do Câncer.
Seu esforço é para que um maior número de mulheres faça anualmente mamografia a partir dos 40 anos. Esse exame detecta o mal, que pode ser curado em 90% dos casos se o seu diagnóstico for precoce. O problema é que, muitas vezes, o médico recomenda o exame, mas a paciente não o atende e vai protelando.
Se ela tem sorte, ótimo! Mas, se ela tem casos na família, são sedentárias, fumam e bebem muito, começaram a menstruar entre 9 e 10 anos de idade, tiveram menopausa tardia (após os 55 anos), se alimentam mal ou promovem reposição hormonal sem controle médico podem não ter sorte e contrair câncer de mama.
Ah! Homens também podem ser vítimas da doença, embora em proporções bem menores que as mulheres. A média é de um caso para cada 100 no Brasil.
Ela e suas 13 cirurgias – A moça morena que dirige o Toyota Prius por ai é Valéria Baraccat, presidente e fundadora do Instituto Arte de Viver, que teve duas vezes câncer de mama, passou por 13 cirurgias e segue firme, correndo de lá pra cá, lutando para que outras mulheres não passem pelo que ela passou.
Valéria conta que na Região Sudeste do Brasil registra-se o número mais elevado de casos da doença e que nas classes A e B estão as mulheres com maior incidência do mal, em razão de sempre “deixarem pra depois” a mamografia, que não é substituída pelo auto exame, como muita gente pensa.
E destaca que a doença não dói, o nódulo é duro, mas indolor em seu início. Daí, ressalta ela, a necessidade de procurar um médico. Nas classes menos favorecidas, o maior inimigo é o desconhecimento.
História – O Instituto Arte de Viver Bem começou em 2009, quando Valéria descobriu ser portadora de um câncer de mama. Foi então que descobriu que a maioria das pessoas, especialmente as de baixa renda, era desinformada sobre o mal.
Mãos à obra! Valéria entrou em contato com os principais hospitais no mundo para estudar a doença a fundo. Assim nasceu o instituto, com o objetivo de atender as mulheres, reunindo todas as forças possíveis para diminuir a incidência do câncer de mama entre elas.
E esse trabalho segue até hoje, indo além da questão da necessidade da mamografia, que revela o mal no seu início e resulta na cura em 90% por detectá-lo precocemente.
Ensinando a dirigir – Além de cuidar do instituto, Valéria Baraccat tem seus momentos de ensinar as pessoas a dirigir o Prius, especialmente manobristas dos locais que visita em busca de apoio para o Arte de Viver Bem,ou para fazer palestras que ajudam as mulheres a tratar ou evitar o câncer.
Me perguntam tudo, conta ela. Qual o consumo, como funciona? E ela vai explicando contando que o carro tem dois motores, que funcionam em sintonia, a gasolina e elétrico. Nele, a energia cinética, gerada nas frenagens, transforma-se em energia elétrica pelo motor elétrico, que faz como um gerador carregando a bateria. Sem precisar carregar na tomada.
E ela ainda faz questão de destacar: ele não entra no rodízio!
Fotos: Divulgação/Toyota
- Tera, o nome do novo SUV da Volkswagen - 4 de novembro de 2024
- Alckmin na Fenatran: falta de recursos empaca renovação de frota. - 4 de novembro de 2024
- Iveco destina R$ 510 milhões para P&D até 2028 - 4 de novembro de 2024